EVA - Métodos para medir valor agregado viram moda- The Economist – Economic Value Added - Parte 1
(GAZETA MERCANTIL - QUARTA-FEIRA; The Economist)
EVA - Métodos para medir valor agregado viram moda The Economist – Economic Value Added GAZETA MERCANTIL - QUARTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 1997 PRIMEIRA PARTE
Se a Siemens fosse uma empresa americana, a notícia de que está tornando a criação de valor acionário da empresa sua principal prioridade seria muito aplaudida. Mas na Alemanha, os fãs do "capitalismo de acionistas" afirmam que seus interesses devem ser equilibrados com aqueles de empregados, fornecedores e clientes. A decisão da Siemens de se tornar a primeira companhia a adotar um padrão de medidas do seu valor acionário, conhecido como EVA - Economic Value Added (valor econômico agregado), provocará ao mesmo tempo chacota e aplausos. Karl-Hermann Baumann, diretor executivo de finanças da Siemens, diz que a gigante da área de trens e telecomunicações, que vai adotar a medida em outubro, está convencida de que este é o melhor meio para garantir sua prosperidade a longo prazo. Um número crescente de empresas na Europa, Ásia e América Latina chegou à mesma conclusão - e estão se voltando para consultores que estão oferecendo "medidas de desempenho" para medir o quanto de valor está sendo criado (ou destruído) pela empresa. Medidas como EVA já estão bem enraizadas nos Estados Unidos, onde um número cada vez maior de investidores em ações de Wall Street, para não mencionar muitas grandes empresas, incluindo Coca-Cola, Monsanto e Procter & Gamble, está confiando nela. Inevitavelmente, as medidas são também um grande negócio para as empresas de consultoria.
A Stern Stewart, empresa de Nova York que desenvolve o padrão EVA, é a líder. Mas nos últimos anos a consultora está enfrentando a concorrência do Boston Consulting Group (BCG), Braxton Associates, McKinsey e outras. Muitas consultorias produzem tabelas das empresas que fazem parte da liga do valor agregado e vão a minúcias cada vez mais absurdas para proteger sua "marca" particular. Da mesma forma que registrou o EVA como uma marca em vários países, a Stern Stewart registrou também o termo "EVANgelist". Essa moda lembra uma outra mania da área de administração que varreu o mundo e que custou o emprego para milhares de pessoas - o processo de reengenharia empresarial.
O argumento em defesa da eficácia da reengenharia (lema: não automatize, elimine), ainda grassa. No final, hoje parece que muitas dessas empresas que adotaram a reengenharia tornaram-se mais eficientes; mas está hoje claro também que foi inutilmente elogiada em excesso e que foi melhor para alguns tipos de empresas ou homens de negócios do que para outros. Em outras palavras, é uma ferramenta útil mas não a resposta completa. O mesmo parece ser válido para o EVA e seus concorrentes. A idéia que está por trás desses parâmetros é simples: uma empresa apenas cria valor se o retorno sobre seu capital for maior do que o custo envolvido ou do que a taxa de ganho que os investidores poderiam auferir no caso de investirem em outros valores com o mesmo risco. Longe de ser uma novidade, esta é uma das mais antigas panacéias em negócios.
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