DROGAS
(Odair Carlos Fuzinato)
O consumo de Drogas no Brasil, nos dias de hoje atingem níveis alarmantes. Por mais que se busque conter esta escalada, as autoridades responsáveis pela repreensão se sentem impotentes, no sentido de coibir essa disseminação, que já não é um privilégio das pessoas das classes mais abastadas.
Hoje a droga tem usuários até junto aos trabalhadores rurais, nos canaviais, pessoas que ganham à vida cortando cana.
A grande pergunta é: Como coibir essa prática? As políticas atuais de prevenção contra o uso de drogas, pouco resultado tem alcançado, uma vez que o tráfico adotou de vez o usuário, e a venda de drogas é uma maneira rápida para uma suposta ascensão financeira.
O presente artigo, prisma por dois pontos importantes, a saber: A liberação do uso de substancias entorpecentes, e consequentemente seu controle.
Quanto ao primeiro tópico, aparentemente soa como uma banalização da vida, liberar as drogas, dado a sua nocividade, mas se analisarmos friamente verá que é uma das poucas alternativas que resta uma vez o velho ditado popular nos informa que o “fogo se combate com fogo”, e, no presente estudo aplicar isso as drogas seria a solução, visto que quem consome drogas vivem no anonimato, as margens da Lei, e, sempre nas mãos dos traficantes, que de maneira cruel e sanguinária detém o controle do usuário, inclusive da sua própria vida.
Hoje, a Legislação anti-drogas, não traça um parâmetro específico entre usuários e traficante, embora tenha em seu bojo artigos que abrandam a penalidade para o usuário. Ocorre que tal benefício é mera formalidade legal, visto que o usuário ao se dirigir a uma “boca de venda de droga”, e adquirir dez trouxinhas de maconha para consumo, e for preso, sem sombra de dúvidas vai ser enquadrado como traficante.
Aí começa o calvário do usuário, a autoridade policial ao detê-lo, tratando-se de substância entorpecentes quase sempre tipifica o crime pelo ilícito que da maior repercussão, ou seja, como traficante, como forma inclusive de valorizar o próprio trabalho repreensão. Com essa medida, o usuário terá que provar que não é traficante e vai ficar preso por longos meses, uma vez que terá que passar por exames de dependência, que em geral demoram mais de seis meses.
Com a liberação das drogas, nos teríamos um avanço significativo, uma vez que a figura do traficante, seria descartada, abrandaria a corrupção no setor policial, e sem sombra de dúvidas teríamos o controle efetivo do usuário.
A forma mais correta para controlar a disseminação das drogas é a Autoridade Estatal, tomar o controle, fazer o papel do traficante, ter o domínio das drogas em suas mãos, com fins terapêuticos.
Precisamos dar um passo adiante, o mundo evoluiu, os acontecimentos são em tempo real, não se pode ficar a margem de tudo isso, a guisa de nossa hipocrisia.
O País conta com inúmeras farmácias, que podem dar sustentação a um programa bem elaborado de distribuição, de entorpecentes com fins terapêuticos. O grande problema do usuário é abstinência, quando ela chega não interessa de que forma ele vai conseguir suprir o vício, e, nem interessa o risco que vai correr ele precisa da droga. Tanto que a droga é tratada como assunto de polícia, quando na verdade deveria ser encarada como uma epidemia que está se alastrando dia após dia.
Com a liberação das drogas, muito se tem ganhar, uma vez que as autoridades vão ter oportunidade de conhecer o usuário, e, diante disso traçar políticas para sua recuperação. A sociedade vai ter a oportunidade de conhecer que tem um filho seu doente, e poderá sustentá-lo, acolhe-lo de maneira mais caridosa.
A tese levantada não é nova, já se escreveu muito sobre ela, é o momento de pô-la em prática, sem burocracias, sem hipocrisias e os resultados advindos serão proveitosos, e com certeza, muita certeza, que a figura do traficante será esquecida.
CarlosVolpe
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