Resumo ciência política
(Luiz Maranhão)
Introdução: política, origem e ética. A Política é uma importante área do conhecimento humano, que sempre esteve presente no seu cotidiano. E posteriormente a ciência política. A política é uma grande preocupação do homem há vários séculos, tendo sido iniciada com os gregos Aristóteles e Platão entre outros. De todos os ramos da filosofia, A racionalidade surge nos ideais dos clássicos do pensamento político que teve sua passagem e inspiração na época medieval com São Tomás de Aquino (1225-1274); já a época moderna teve como sua maior expressão o italiano (de Florença), Nicolau Maquiavel (1469-1527). As crises religiosas do século XVI colaboraram para impor os poderes monárquicos absolutistas como razão de paz. Maquiavel, Jean Bodin, J.Bussuet, Thomas Hobbes e outros desenvolveram diferentes teorias que justificam o absolutismo. Na idade média, predomina a ética crista baseada no amor ao próximo, com noções gregas de que a felicidade é um objetivo do homem e a pratica do bem constitui um meio de atingi-la. Os filósofos cristãos entendem que Deus é o princípio da felicidade e da virtude. Entre a idade média e modernidade, Maquiavel apresenta-se como o “Colombo do novo mundo moral” e provoca uma revolução na ética. Nega as concepções gregas e cristãs de virtude e busca seu modelo moral na virilidade dos antigos romanos. Nos séculos XVIII e XIX, os principais filósofos que discutem a ética: - O francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) O homem é bom por natureza e seu espírito pode sofrer um aprimoramento quase ilimitado. (“O homem nasce bom; a sociedade o corrompe”) - O alemão Emmanuel Kant (1724-1804) A ética é a obrigação de agir segundo regras universais com as quais todos os homens concordam. O reconhecimento dos outros homens é o principal motivador da conduta individual. - O alemão Friederich Hegel (1770-1831) Transforma a ética em filosofia do direito e a divide em duas: subjetiva ou pessoal (consciência de dever) e ética objetiva ou social (costumes, leis e normas de uma sociedade). O estado tem o papel de reunir esses dois aspectos numa “totalidade ética”. Na filosofia contemporânea, os principais liberais influenciam o conceito de ética, que ganha contornos de moral utilitária. Todos devem buscar a felicidade e, para isso, fazer as melhores escolhas entre as alternativas existentes. A ciência política é uma área recente onde foram produzidas muitas obras clássicas do conhecimento humano a serem consideradas como ciência. A partir da segunda metade do século XIX, a revolução industrial já concebia uma urbanização cheia de problemas, onde o homem avançava no sentido tecnológico, mas não seguia o mesmo ritmo nos avanços sociais (principalmente nos direitos naturais). Sobre o papel do estado e a política vigente, havia uma ausência de respeito aos empregados e operários nas fábricas da nova iniciativa privada. E uma ausência por parte do estado de legislação adequada, e a falta de serviços públicos básico (políticas públicas). Em razão desses e de outros fatos, é de uma importância as obras de filosofia e sociologia política de pensadores como Hegel, Kant, Marx, Comte, para os estudos da ciência política. Em 1896 aparece um marco na história dessa nova ciência: Gaetano Mosca publicou a primeira edição dos Elementi de scienza política. Surge aí academicamente a Ciência política. CONCEITO São inúmeras as definições para o termo Ciência Política. Não podemos porém, deixar de lado os ensinamentos dos clássicos gregos. O termo “polis” que pode significar arte de governar. Idéia de como os antigos gregos cultivavam o hábito da organização do Estado no seu mais alto patamar. O caráter político estava explícito neste papel, que tinha como conseqüência o desenvolvimento da cidade-estado e a melhoria de condições de vida de seus cidadãos. O chamado século ouera das trevas, período medieval, tentou apagar para sempre os legados dos gregos na filosofia e na política. Mas o renascimento, movimento cultural, resgatou os ensinamentos fundamentais dos grandes pensadores Platão, Aristóteles, Sócrates e outros. Em 1513 Maquiavel em “O Príncipe”, desloca o centro das atenções políticas para a obtenção e manutenção do poder, e fazendo uma evocação à democracia como nos moldes dos antigos clássicos, falava da necessidade imperiosa do governante estar em sintonia com o povo que governa: “Mas que se tornar príncipe contra a opinião popular, por favor dos grandes, deve, antes de mais nada, procurar conquistar o povo”. Mais tarde Hobbes, com “O Leviatã”, valorizava o poder do estado através do poder da política, embora absolutista, valorizava o jusnaturalismo de inspiração grega. Para Norberto Bobbio a expressão ciência política pode indicar qualquer estudo dos fenômenos e das estruturas políticas, conduzido sistematicamente e com rigor, apoiado num amplo e cuidadoso exame dos fatos expostos com argumentos racionais. Para Max Weber, sempre atrelado ao poder, o conceito de política seria realidade até mesmo quando o estado se transformaria na única fonte do “direito” à violência: ”Por conseguinte, entenderemos por política o conjunto de esforços feitos visando a participar do poder ou influenciar na divisão do poder, seja entre estados, seja no interior de um único estado”. Segundo Weber o poder estatal em sua legitimidade dá-se através da tradição(hereditariedade – Rei), do carisma(Gandhi) ou da racionalidade legal (escolha, sufrágio = voto).
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