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HORIZONTALIZAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO
(Célia Moro)

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HORIZONTALIZAÇÃO E VERTICALIZAÇÃO  Conceitos:  Verticalização: é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder, ou pelo menos tentará produzir. Foi predominante no início do século, quando as grandes empresas praticamente produziam tudo o que usavam nos produtos finais. É definida como uma estratégia em que a empresa “faz tudo”. A verticalização era decorrente da preocupação em manter o controle sobre as tecnologias de processo, de produtos e negócios (segredos industriais), entre outras. Porém, o elevado número de atividades realizado internamente acarretou problemas gerenciais devido ao aumento do porte da empresa, e atividades não ligadas diretamente ao negócio principal, com conseqüências para a perda da eficiência e o aumento do custo de produção. A horizontalização passou a ser uma opção para a manutenção da competitividade das empresas.  Horizontalização: consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. É tão grande a preferência da empresa moderna por ela que, hoje em dia, um dos setores de maior expansão foi o de terceirização e parcerias. De um modo geral não se terceiriza os processos fundamentais (core process), por questões de detenção tecnológica, qualidade do produto e responsabilidade final sobre ele. Pode ser definida como uma estratégia em que a empresa “faz bem algumas coisas”. Vantagens: Verticalização independência de terceiros maiores lucros maior autonomia domínio sobre tecnologia própria Horizontalização redução de custos flexibilidade para definir volumes de produção engenharia simultânea (know how dos fornecedores) foco no principal produto da empresa Desvantagens Horizontalização: - menor controle tecnológico - deixar de auferir lucros do fornecedor - alta dependência de terceiros - demissões na fase inicial - alta dependência de maior investimento Desvantagens Verticalização: maior investimento menor flexibilidade (perda de foco) aumento da estrutura da empresa Exemplo: Caso da Faber- Castell Em dois anos, a Faber Castell, maior produtora de lápis do mundo, poderá dar adeus aos fornecedores de madeira. Nada contra eles. Pelo contrário. Durante mais de 70 anos de Brasil os parceiros foram fundamentais para a bem-sucedida trajetória da companhia, a maior subsidiária da Faber no mundo, com produção de 1,5 bilhão de lápis por ano e vendas de R$ 220 milhões. Só que em 2004 a empresa conquistará a auto-suficiência no plantio de madeira. Em seus mais de 10 mil hectares de terra, distribuídos em oito florestas em Prata (MG), produzirá matéria-prima necessária para atender a sua demanda. “Seremos os únicos do setor totalmente verticalizados”, diz Jairo Cantarelli, gerente da divisão madeira da Faber no Brasil. A filial só alcançou este objetivo depois que criou o Projeto Pinus no início dos anos 90. Ao contrário do restante da indústria de lápis, que utiliza principalmente o cedro americano, a Faber brasileira preferiu usar um tipo de pinheiro, o pinus caribea, para compor os seus produtos. É uma árvore com madeira macia, que cresce rapidamente – mesmo em condições adversas – extremamente fácil de replantar. A partir de 2004, segundo Jairo, o projeto atingirá sua maturidade e a empresa já poderá se considerar auto-suficiente. Neste processo de plantio, são aproveitados 100% da madeira produzida por mais de 15 milhões de árvores. Galhos e ponteiras das árvores, que caem no chão, são usados como adubo; a madeira fina, imprópria para o lápis, é vendida para a indústria de aglomerados; as sobras de madeira são utilizadas para a geração de energia e até a serragem é comercializada paragranjas. “Tudo é aproveitado”, diz Cantarelli. Ele só não revela o quanto foi investido nas florestas. A plantação do pinus é apenas o começo de um ousado processo de verticalização da Faber. Técnicos contratados pela empresa encontraram na região de Prata um outro tesouro que será usado como matéria-prima a partir de 2005. O nome é morototó, árvore de textura média, madeira macia e crescimento rápido. “Tais projetos, além de garantir a qualidade de produção e custos competitivos, reforçam o compromisso da Faber-Castell com a preservação ambiental”, afirma o executivo. “Plantar nossa própria madeira é a melhor forma de manter as florestas intactas”.Além disso, em parceria com a Prefeitura de Prata, a empresa desenvolveu técnicas de prevenção e controle de incêndios florestais, recuperação de erosões, conservação do solo e qualidade da água e proteção da fauna. Também se comprometeu a contratar apenas mão-de-obra local para a extração de madeira. “Ganhamos nós e ganha a comunidade”. Revista Istoé Quarta-feira, 06 de Novembro de 2002.



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