outsourcing
(Célia Moro)
O que é outsourcing? Existem tantas definições para outsourcing quanto existem maneiras de desvirtuá-lo. Mas, basicamente, outsourcing nada mais é do que delegar serviços a terceiros. Em tecnologia da informação, outsourcing pode incluir qualquer coisa desde terceirizar todo o gerenciamento de TI para uma IBM ou EDS a terceirizar um serviço muito pequeno e facilmente definido, como disaster recovery ou armazenamento de dados. O termo outsourcing é usado alternadamente (e incorretamente) com offshoring, em geral por pessoas em discussões acaloradas. Na realidade, offshoring (mais precisamente, offshore outsourcing) é um pequeno mas importante subconjunto do outsourcing, pelo qual uma empresa terceiriza serviços para outra empresa em outro país, visando principalmente beneficiar-se de mão-de-obra mais barata. Trata-se de uma situação política delicada porque, ao contrário do outsourcing doméstico, em que os funcionários costumam ter a oportunidade de se transferir para o outsourcer, conservando seus empregos, o offshore outsourcing apresenta maior probabilidade de resultar em demissões. Por que terceirizar? Razões para terceirizar vão de redução de custos até maior acesso à inovação Stephanie Overby O business case para o outsourcing varia de acordo com cada situação, mas, de uma maneira geral, as razões para terceirizar incluem um ou mais dos seguintes aspectos: • custos reduzidos (decorrentes de economias de escala ou mão-de-obra mais barata) • capacidade variável • possibilidade de focar as competências-chave ao livrar-se das periféricas • falta de recursos internos • trabalho realizado com maior eficiência • maior flexibilidade para se adequar a circunstâncias corporativas e comerciais que mudam • maior controle do budget através de custos previsíveis • menor investimento contínuo em infra-estrutura interna • acesso a liderança de pensamento e inovação • possível entrada de caixa resultante de transferência de ativos para o novo fornecedor Por que é tão difícil terceirizar? Alguns acordos de outsourcing são mais fáceis de lidar do que outros Stephanie Overby Indubitavelmente, é difícil terceirizar. O índice de fracassos das relações de outsourcing continua alto, entre 40% e 70%. No cerne do problema está o conflito de interesses inerente a qualquer acordo de outsourcing. O cliente busca um serviço melhor e em geral a custos mais baixos do que conseguiria se ele mesmo o executasse. O fornecedor, por sua vez, visa o lucro. Esta tensão tem que ser gerenciada de perto para garantir um bom resultado para ambas as partes. Outra causa de fracasso é a ânsia de terceirizar sem um bom business case. Cada vez mais, as organizações recorrem ao outsourcing como uma tática rápida para cortar custos em vez de um investimento destinado a aprimorar capacidades, expandir-se globalmente, aumentar a agilidade e a lucratividade ou fortalecer a vantagem competitiva. De acordo com estudo recente realizado pela revista CIO e pelo Center for Information Systems Research do MIT, alguns acordos de outsourcing são mais fáceis de lidar do que outros. O outsourcing transacional, em que uma empresa terceiriza processos discretos com regras de negócio bem definidas, é bem-sucedido em 90% dos casos. Alianças de co-sourcing, em que cliente e fornecedor gerenciam projetos em conjunto (em geral, desenvolvimento de aplicativos ou manutenção terceirizada offshore), dão certo em apenas 63% dos casos. E "parcerias estratégicas", em que um único outsourcer é responsável por um grande pacote de serviços de TI, funcionam apenas em 50% dos casos. Os riscos aumentam à medida que os limites entre as responsabilidades de cliente e fornecedor se toldam e o escopo das responsabilidades se expande. Qualquer que seja o tipo de outsourcing, as relações somente terão êxito se fornecedor e cliente obtiverem os benefícios esperados. Como o outsourcing é cobrado? Existem diversas maneiras de estruturar o preço de um contrato de outsourcing: Preço unitário: O fornecedor determina um preço para um nível específico de serviço e o cliente paga com base no uso do serviço. Se o cliente terceirizar a manutenção de desktops, por exemplo, poderá desembolsar uma quantia fixa pelo número de usuários de desktop suportados. Preço fixo: O cliente paga uma taxa fixa por serviços, não importa quais. Pagar um preço fixo por serviços terceirizados sempre parece bom para os clientes no começo porque os custos são previsíveis. E, às vezes, dá certo. Mas, com o passar do tempo, quando o preço de mercado cai (como costuma acontecer), um preço fixo permanece fixo. E, de repente, já não parece tão bom. O sistema de preço fixo também é complicado para o fornecedor, que precisa atingir níveis de serviço por um determinado preço, independente de quantos recursos estes serviços vão acabar consumindo. Preço variável: O cliente paga um preço fixo mínimo pelo serviço fornecido, mas permite alguma variação no preço se forem fornecidos níveis de serviço mais altos. Contrato por administração: O contrato é elaborado de forma que o cliente pague ao fornecedor por seus custos reais acrescidos de um percentual determinado para lucro. Este plano de preço não permite flexibilidade à medida que os objetivos de negócio ou as tecnologias mudam e oferece pouco incentivo para um fornecedor apresentar um desempenho eficaz.
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