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Angels & Devils(parte 1)
(domino harvey)

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New York, 2013 Maldição sempre foi seu outro nome. O fato de não se lembrar de quem é e apenas o que os outros querem que você seja talvez seja uma maldição. Ou uma benção. Depende do seu ponto de vista. Eu sempre soube que eu nunca fui alguém realmente HUMANO. Talvez seja uma idiotice da minha cabeça, talvez os outros achassem que era bobagem da minha ou por que eu não me divertia tanto como meus amigos. Mas a verdade é que eu sabia que eu nunca conseguiria ser igual a todas as pessoas ao meu redor. Humana. Isso eu nunca conseguiria.














Eu sempre gostei de alguém que eu achava ser errado. Na verdade não era tanto, pois no tempo que vivemos, era normal garotas com garotas, homens com homens. Não sei por que, nem como nutri esse sentimento por ela, mas ele apenas cresceu e eu não sei o que fazer com ele. Eu sei que eu não sou o tipo que alguém vá querer se relacionar. Até por que eu não sou tipo pra ninguém.
Bom que tal eu começar me apresentando? É um bom começo, não acham?














Chamo-me Chess, tenho 23 anos e sou, digamos, uma meta-humana ou mutante, como as autoridades preferem, me chamar.
Vivo em New York há alguns anos e digamos... Sou uma assassina profissional. Procurada em todo o mundo. Resumindo: em todo e qualquer lugar. Por quê? Por assassinatos de políticos conhecidos, latrocínio, homicídio culposo, roubos a bancos, mortes por encomenda, seqüestro seguido de morte, todo tipo de maldade é por minha causa. Sou condenada à sentença de morte. E quem disse que eu ligo? Os idiotas não sabem que não posso morrer. Os humanos são uma raça tão fútil, apesar de terem evoluído bastante em todos esses anos, tornando sua própria espécie prisioneiros de um sistema autoritarista e inconseqüente. Um sistema que controla cada passo de uma pessoa, controla toda a sua vida, com quem deve viver, etc.
Resumindo: ninguém tem vida própria.
E a minha vida se resume a matar com prazer todos esses idiotas autoritários que acham que governam alguma coisa. Mas nem a sua própria vida eles controlam. Eu sim, decido se eles vão viver ou não.
























-Aqui está. Metade agora, metade depois. Você sabe como funciona. Mate. Não deixe vestígios. Não...
Peguei as notas e contei-as.
-Vai querer me dizer como eu devo fazer o meu serviço agora é? –retorqui, sem olhá-lo.
-Não, jamais faria isso... –o velho estava suando frio, afrouxou a gravata, com medo do que viria pela frente. –Eu só estou dando as ordens... -Ta, eu sei. –guardei as notas no bolso do sobretudo e olhei a foto por alguns segundos.
-Garota bonita. –falei, impensadamente. -Olhe Chess, apenas mate-a, ta legal? Tempo é dinheiro e quanto menos tempo de vida ela tiver, melhor pra você.
-Oh claro. Tempo é dinheiro e vidas custam dinheiro, não é? Sr. Mauten, o senhor tem uma filha, certo?

O velho desabou pra trás, assustado.-De 19 anos, certo? –depois de guardar a foto, acendi um cigarro e me recostei na parede, fixando aquele velho gordo a minha frente.
-Oh não, Chess! Deixe-a fora disso. Pelo amor de Deus!
O velho estava implorando. Aquilo lhe fazia bem. Deixar as pessoas com medo. O que ela fazia tão bem.
-Me diga, porque eu faria isso? Você sabe que eu não sou disso.
-Por favos, Chess! Estou implorando! É só uma criança!O velho continuava a suar frio, pegou um lenço em sua camisa e enxugou a testa enrugada.
O ar naquela pequena sala de um apartamento estava carregado e o sol mal entrava pela janela. Aquilo dava um aspecto sombrio ao lugar. Os olhos de Chess brilhavam com duas navalhas.
-Crianças crescem, Mauten.
Soltei a fumaça bem devagar. Sem pressa.
-Chess!
Soltei um sorriso, o velho ia acabar tendo um infarto e ele ainda era muito útil. Eu podia ouvir seu coração, batendo descompassado, quase saindo pelo peito de tão rápido que batia, aquilo a deliciava.
-Relaxe, Mauten. Só estava brincando, a garota não é o meu tipo. –passei o cigarro entre meus dedos. –Além que você ainda é muito útil.
O velho respirou fundo, como se tivessem lhe tirado um peso dos ombros.
-Obrigado, Chess.
-Não agradeça, seu velho gordo. Vê se emagrece. Morto você não serve de nada pra nós.
Antes que ele pudesse pensar, Chess desapareceu. O velho estava sozinho outra vez.


















Chess bebia um gole de seu uísque, atentamente, examinava as fotos a sua frente. Elas mostravam sua vitima saindo e entrando em vários lugares.
‘’Lugares que ela nunca deveria ter ido. ’’ Pensei comigo mesma.
Chess tomou de um só gole o que ainda restava no copo.
-Seja o que você tenha feito, eles não gostaram... –murmurei. –Então, como será que eu te mato? Da forma tradicional ou com um pouco de tortura?
Esse último me agradou. Eu gostava de ver os humanos sofrerem. Era bom. Ótimo.



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