a tribuna
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Pomada para diabéticos acelera cicatrização de feridas
Uma ótima notícia para os diabéticos: cientistas da Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo, desenvolveram um remédio que acelera a cicatrização de feridas. Feita à base de insulina, a pomada reduz em até seis dias o tempo de recuperação. A diabetes atinge cerca de 10% da população adulta no Brasil. A diabetes provoca alterações nos nervos e prejudica a circulação sanguínea, por isso os pacientes ficam mais expostos a ferimentos e com a cicatrização lenta. Ela ocorre pela insuficiência de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que controla o nível de açúcar no sangue.A substância, que já era aplicada de forma injetável, agora foi testada como pomada por pesquisadores da Universidade de Campinas; após cinco anos de pesquisa, o laboratório de biologia molecular desenvolveu um creme à base de insulina que reduz o tempo de cicatrização de lesões, reconstruindo o tecido da pele. “A gente viu que colocando a insulina tópica, ou seja, no local da ferida, ela era capaz de acelerar o processo de crescimento da pele", explica o pesquisador Mário Saad. “As lesões estão fechando em uma velocidade até 60% maior em relação às que não estão recebendo a pomada, isso é muito próximo à cicatrização de um indivíduo normal”, avalia Maria Helena Melo Lima, também pesquisadora. O medicamento foi avaliado em 15 pessoas. A próxima etapa é testar a novidade num grupo maior, de 100 pacientes. A pomada, inédita no mundo, tem produtos já conhecidos na formulação – o que pode baratear o custo e favorecer o uso na rede pública de saúde.
O novo medicamento teve a patente registrada – a patente de número 500 da Unicamp. É um recorde nacional. “Para a universidade, isso significa cumprir o seu objetivo e seu papel social – ou seja, transformar o conhecimento em produtos e serviços que beneficiem a população”, afirma o reitor José Tadeu Jorge. A pomada estará disponível para a venda em até um ano.
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