O Sublime Peregrino
(Hercilio Maes; Ramatis)
Vida de Jesus – O Sublime Peregrino Porventura Jesus também evoluiu de modo idêntico aos demais homens? - Em verdade, todas as almas equacionam sob igual processo evolutivo na aquisição de sua consciência espiritual e gozam dos mesmos bens e direitos siderais. Jesus alcançou a angelitude sob a mesma Lei que também orienta o selvagem embrutecido para a sua futura emancipação espiritual. Os ORBES que lhe serviram de aprendizagem planetário já se extinguiram e se tornaram em pó sideral, mas as suas Humanidades ainda vivem despertas pelo Universo. Jesus "gastou" mil anos no esforço sublime de baixar a Terra. Essa medida milenária capaz de produzir tanta impressão no cérebro humano, não passa de um fugaz minuto no relógio da Eternidade, pois os espíritos vivem fora do espaço e do tempo das convenções terrenas. Qual aspecto físico de Jesus? - Jesus era um homem de estatura alta, porte majestoso, de um perfil clássico, hebraico, mas, singularmente, possuía alguns traços imponentes de um fidalgo romano. Delicado nas formas físicas, porem, exsudava extraordinária energia a flor da pele, pois naquele organismo vibrátil as forças vivas da natureza, aliadas a um potencial energético incomum do mundo etéreo-astral, denunciavam profunda atividade mental. A testa era ampla e suavemente alongada; seu rosto triangular, mas cheio de carne, sem rugas ou manchas até os dias da crucificação. Os lábios, bem feitos, com suave predominância do inferior, nem eram excessivamente carnudos, próprios do homens sensuais, nem finíssimos e laminados. O nariz era reto e delicado, sem qualquer curvatura inferior; a barba espessa, um pouco mais escura que os cabelos, caprichosamente separada ao meio e curta, tornando Jesus o perfil de um dos mais belos homens do mundo. Seus olhos eram claros, afetuosos e sumamente ternos, mas sempre dominados por uma expressão grave; E que dizeis sobre a ressurreição de Jesus, no terceiro dia de sua crucificação, após sua morte corporal? - Embora Jesus tenha aparecido em espírito a Maria de Magdala, aos apóstolos e outros discípulos em Emaus, isso foi um fenômeno de ectoplasmia, pois madalena era poderoso médium, que, algumas vezes concorrera para certos acontecimentos incomuns na peregrinação do Mestre. Quando surgiu entre os apóstolos e Tomé quis tomar-lhe as mãos, isso foi possível devido justamente a faculdade ectoplasmática dos presentes, que lhe permitiu a materialização em corpo inteiro e o êxito da "voz direta", sob os fulgores da luz sideral. Nos demais casos, em que outras pessoas viram Jesus, deu-se apenas o fenômeno da vidência, coisa bastante comum entre os médiuns. Jesus NÃO deixou o tumulo, em corpo e alma, pois as suas aparições jamais desmentiram o bom senso das leis da física transcendental, nem foram conseqüência de fatos mirabolantes, mas apenas manifestações das próprias energias que lhe foram doadas pelos seus discípulos e amigos siderais. Mas o corpo não desapareceu do túmulo? - Quando Maria de Magdala "foi cedo ao tumulo, sendo ainda escuro, viu a pedra removida. " (João X-38). Após a morte do Mestre, o acessor de Pôncio Pilatos autorizou que o seu corpo fosse entregue a família, conforme pedido feito por José de Arimatéia. Então, Maria, sua mãe, Tiago, o Maior, juntamente com João, Marcos, Pedro e Thiago, desceram o corpo que estava na cruz; e as mulheres se encarregaram de preparar a "balsamisação" de acordo com os costumes da época. O tumulo foi fechado com pesada pedra como porta, pois era uma pequena gruta escavada no topo de colina pedregosa. Os soldados desciam a encosta gracejando na sua inconsciência infeliz. Pedro ficara bastante preocupado, depois que ouvira rumores de vândalos e criaturas embriagadas, a soldo do Sinédrio, que se propunham a profanar o tumulo de Jesus e arrastar-lhe o corpo pelas ruas. Era intenção dos sacerdotes extinguir qualquer impressão favorável a Doutrina e a pessoa de Jesus, evitando quaisquer demonstrações dramáticas, que dessem vida e alento a tragédia da cruz. Em seguida, mudaram as vestes ensangüentadas de Jesus, por novos lençóis limpos e incensados; depois, no silencio da noite, desceram a encosta do calvário, e sepultaram o corpo num tumulo desconhecido, abandonado, no meio do capinzal e de ruínas esquecidas. Deste modo, evitaram a coisa mais atroz para o judeu, na época. E no caso de Jesus, semelhante aviltamento a sua figura missionária daria ensejo a incertezas e duvidas que truncariam muita fé do ideal cristão! Seu corpo, ficando insepulto, significaria conforme a tradição hebraica, uma negação aos direitos de liderança; e sua memória não deveria ser maculada por acontecimento tão fanático. No entanto, Pedro e Jose de Arimatéia captaram as orientações do Alto; e num empreendimento elogiável, guardaram absoluto segredo até de Maria de Magdala e da mãe do amado mestre, apagando os vestígios da mudança. Embora tal fato fosse a causa de Madalena ter encontrado o túmulo vazio, e isso desse lugar a fantasia da ressurreição de Jesus. Em "corpo e espírito", Pedro e Jose de Arimatéia consentiram que esse "boato" prevalecesse, pois contribuía para que os asseclas do Sinédrio desistissem de profanar o corpo de Jesus. Ademais, isso avivava o animo dos próprios discípulos, o que era preciso fazer-se, no momento, em que a MAIORIA começava a debandar.
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