EM NOME DA PRINCESA MORTA
(Kenizé Mourad)
Este romance nos conta a história da Princesa Selma, filha de uma Sultana nascida no Palácio de Ortakoy em Istambul, na Turquia. Selma foi uma vítima da história, ela foi criada na riqueza e no esplendor da corte otomana, entre escravos, eunucos e todos os luxos de um harém até que o sultanato foi abolido por Kemal Ataturk e todos os privilégios da família real foram caçados e eles foram obrigados a abandonar o país. Selma, sua mãe e o leal eunuco Zeynel se refugiaram no Líbano aonde recebeu uma educação ocidental e onde seus sonhos de adolescência foram interrompidos quando sua mãe lhe arranjou um casamento com Amir, Rajá de Badalpur na Índia. Na Índia, Selma teve uma vida entediante e de reclusão, pois as mulheres tinham poucos direitos. Quando finalmente engravidou, Selma convenceu seu marido que seria melhor ter o filho na França onde havia mais recursos. Ela foi para Paris com Zeynel e pela primeira vez em sua vida pode ter a sensação da liberdade, levando uma vida social muito agitada, participando de todas as festas e bailes da sociedade parisiense, até se apaixonar por um americano casado que retornou para a América com a promessa de que voltaria para viver com ela. Com a invasão da França pelos nazistas, Selma passa a ter uma vida de privações, tendo que vender o pouco que lhe restara para poder alimentar sua filha. Este romance é escrito pela filha de Selma, e passa por diferentes períodos históricos, como a Primeira Guerra Mundial, a proclamação da República Turca, a ocupação francesa do Líbano, os últimos anos do Império britânico na índia, a ocupação nazista da França durante a II Guerra Mundial e as diferenças culturais, econômicas, políticas e de costumes de todos os lugares onde ela morou. É um romance cativante, pois além da vida da princesa que é encantadora aprendemos muito sobre a história deste período.
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