o cavaleiro
(jansem)
A um cavaleiro de alemães bigodes, Um preto beberrão sobre uma pipa, Aos grossos beiços a garrafa aperta. . . Ao longo das paredes se derramam Extintas inscrições de versos mortos, E mortos ao nascer. . . Ali na alcova Em águas negras se levanta a ilha Romântica, sombria à flor das ondas De um rio que se perde na floresta. . . Um sonho de mancebo e de poeta, El?Dorado de amor que a mente cria Como um Éden de noites deleitosas.... Era ali que eu podia no silêncio Junto de um anjo. . . Além o romantismo! Borra adiante folgaz caricatura Com tinta de escrever e pó vermelho A gorda face, o volumoso abdômen, E a grossa penca do nariz purpúreo Do alegre vendilhão entre botelhas Metido num tonel... Na minha cômoda Meio encerado o copo inda verbera As águas d''oiro do Cognac fogoso. Negreja ao pé narcótica botelha Que da essência de flores de laranja Guarda o licor que nectariza os nervos. Ali mistura?se o charuto Havano Ao mesquinho cigarro e ao meu cachimbo. A mesa escura cambaleia ao peso Do titânio Digesto, e ao lado dele Childe Harold entreaberto ou Lamartine. Mostra que o romanismo se descuida E que a poesia sobrenada sempre Ao pesadelo clássico do estudo. Escreva seu resumo aqui..
Resumos Relacionados
- Intimidade
- Três Pequenas Poesias E Brevíssima Biografia De Álvares De Azevedo
- Saúde » Obesidade E Fumo
- Paraiso Do Amor/ Amor Verdadeiro
- A Menina Do Mar
|
|