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A POLÍTICA EXTERNA DA RÚSSIA PÓS-GUERRA FRIA E SUAS POSIÇÕES SOBRE A GUERRA DO AFEGANISTÃO
(André Luiz Reis da Silva*)

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A POLÍTICA EXTERNA DA RÚSSIA PÓS-GUERRA FRIA E SUAS POSIÇÕES SOBRE A GUERRA DO AFEGANISTÃO André Luiz Reis da Silva* A política externa da Rússia tem sofrido diversas reorientações desde meados da década de oitenta. Quando assumiu o poder, em 1985, Mikhail Gorbatchov lançou, juntamente com a Perestroika e a Glasnost, uma política de abertura e de relações com o Ocidente, em especial com os Estados Unidos e com a Europa. Paralelamente, Gorbatchov passou a estimular reformas semelhantes nos países do Leste Europeu. Essa era a resposta que Gorbatchov dava à ofensiva norte-americana da Segunda Guerra Fria, que havia iniciado no governo Reagan. Enquanto os Estados Unidos procuravam implantar seu projeto de defesa conhecido como Guerra nas Estrelas, a URSS iniciava uma ofensiva diplomática em defesa da paz e do desarmamento, procurando evitar, o que era uma grande preocupação na época, uma nova guerra, possivelmente nuclear. De fato, se no plano interno a Perestroika ainda se desenvolvia de forma vacilante, no plano externo Gorbatchov lograva obter a simpatia mundial para com o país e, já em 1986, iniciaram-se negociações com Washington para a redução e controle de armamentos e cooperação comercial e financeira. Essa manifestação de boa vontade para com o Ocidente teve como contrapartida o recuo do apoio soviético aos jovens países socialistas, aos regimes revolucionários e um distanciamento do Terceiro Mundo. Os soviéticos se retiraram do Afeganistão, incentivaram a retirada dos cubanos de Angola e cortaram a assistência técnica, econômica e militar dos antigos aliados. Em 1991, do desmembramento da URSS, surgiram 15 novos países, que procuraram manter suas fronteiras e se fortalecer em relação ao antigo poder central. Paralelamente ao seu apoio à desintegração da URSS, o Presidente da Rússia Boris Yeltsin articulou a criação da Comunidade de Estados Independentes (CEI), que reúne doze ex-repúblicas soviéticas (não foram incorporadas Lituânia, Letônia e Estônia), mas que ainda carece de consistência material e política. Embora a Rússia tenha herdado o patrimônio internacional da URSS (status de potência nuclear, assento no Conselho de Segurança, etc), as transformações da Perestroika provocaram uma drástica redução de sua presença no cenário internacional. As dissoluções do CAME e do Pacto de Varsóvia representaram a perda de influência no Leste Europeu, que rapidamente foi se aproximando do Ocidente. Sob protestos da Rússia, em 1997 iniciou-se o processo de inclusão da Hungria, da Polônia e da República Checa a OTAN, concluído em 1999. A diplomacia de Pró-ocidental de Gorbatchov resumia-se no conceito de Casa Comum Européia, que consistia em incorporar a Rússia nas estruturas ocidentais, em especial na União Européia. Em 1992, o volume de comércio da Rússia com os países do Terceiro Mundo declinou para um quarto em relação à década anterior. Os primeiros anos do governo Yeltsin amargaram o reflexo do recuo internacional da política externa russa, associado ao declínio de sua economia. A tese eurasianista defendia uma política externa mais independente, através do fortalecimento dos laços com China, Índia e outras potências emergentes (Brasil, entre outras) como forma de contrabalançar o poder norte-americano e a situação de subserviência da Rússia. Essa inserção internacional está amparada em um projeto mais definido de política externa que tem sido desenvolvido nos últimos anos, bem como na reorganização da economia russa, embora os reflexos da crise econômica de 1998 ainda se façam presentes. Ainda assim, podemos esperar uma participação mais efetiva da política externa e uma maior presença internacional da URSS. A posição da Rússia sobre os atentados nos EUA e Guerra do Afeganistão A posição da Rússia sobre os atentados de 11 de setembro nos EUA tem sido a de condenação dos atentados, apoioà intervenção norte-americana no Afeganistão e a defesa da criação de um sistema global, sob a égide da ONU e não unicamente de um ou dois Estados, de combate a todas as formas de terrorismo. A Assim, a Rússia tem apoiado os Estados Unidos na Guerra do Afeganistão. Embora tenha se comentado sobre a possibilidade de uma “ocidentalização” da política externa de Putin, o apoio aos Estados Unidos tem interesses específicos e, não obstante, comporta alguns riscos e contradições. Entre os interesses, está o apoio internacional à intervenção russa promovida em algumas regiões de sua esfera de influência, em especial no Cáucaso. Assim, a Rússia afirma que o terrorismo transnacional deve ser combatido onde quer que ele esteja (inclusive existem indícios de relações entre chechenos e o grupo de Bin Laden).



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