Resumo de A Dependência do Exercício: Um estudo sobre a utilização de substâncias ergogénicas...

O objctivo do trabalho é estudar a dependência do exercício, a sua relação com desordens da imagem corporal – motivação para a magreza nas mulheres e dismorfia muscular nos homens, bem como a relação entre as mesmas, com a utilização de substâncias ergogénicas nutricionais, em indivíduos frequentadores de ginásios/health clubs.Foram postas as seguintes hipóteses de estudo:H1. Os indivíduos frequentadores de ginásios e health clubs apresentam maiores valores de dependência do exercício, motivação para a magreza, dismorfia muscular e uma utilização de substâncias ergogénicas nutricionais superior, comparativamente aos indivíduos que realizam actividade física noutros locais. (confirmada); H2. As mulheres com maiores índices de motivação para a magreza apresentam maiores indicadores de dependência do exercício; maior frequência de treinos; maior volume de treino; maior intensidade de treino; maior IMC e maior utilização ergogénicas nutricionais. (só parcialmente confirmada); H4- Os Homens com maior índice de dismorfia muscular apresentam: maiores indicadores de dependência do exercício; maior frequência de treinos; maior utilização de substâncias nutricionais ergogénicas. (só parcialmente confirmada)H6- Os Homens, apresentam maiores volumes de utilização de substâncias ergogénicas nutricionais comparativamente às Mulheres. (infirmada).Ao nível da imagem corporal existem diferenças nas associações com as variáveis dependentes comuns. A motivação para a magreza apresentou-se associada positivamente à dependência do exercício e intensidade de treino. A dismorfia muscular associou-se positivamente com a dependência do exercício, frequência, volume e com a intensidade do treino.Contrariamente ao expectável não se verificou uma associação positiva entre a dismorfia muscular, a dependência e a utilização de esteróides. De acordo com Choi e al, 2002 e Morrison e al., 2004, que os indivíduos com dismorfia muscular tornavam-se obcecados com a realização de exercício e a utilização de esteróides. Muito embora se tenha confirmado a associação positiva entre a dismorfia muscular, particularmente nos homens, com a dependência do exercício, frequência, volume e com a intensidade do treino, não se verificou a associação deste com o consumo de esteróides. Santos (2005)crê que o facto se deve “ a imperar um certo secretismo inerente à utilização de substâncias ilícitas” e deste modo as respostas obtidas no seu estudo poderem não ser totalmente verdadeiras.

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