O Que Restou da Adolescência
(Douglas Freitas)
Da adolescência resta a lembrança:
Do que eu queria ser e não fui
Do que não pensava ser e fui
Do velho caderno de poesias
Que vou destruir em breve
Porque não concordo com o que escrevia nele.
Mas é dele que copiei esse poema:
Lá fora cai a neve branquinha
Salpicando os telhados enegrecidos
Eu aqui dentro de minha casinha
Relembrando os que foram esquecidos;
Dos que morreram na ponta da espada
Ou estendidos no meio da estrada
Dos combatentes, em gestos heróicos
cujos feitos, tornaram-se históricos.
Será que a neve é um pedaço do céu
Que à terra vem encobrir de véu?
Ou representa umas gotas de lágrimas,
Dos que morreram, derramadas por nós?
Ou choradas por nós, porque não os esquecemos?
Enfim, faço dele minha homenagem aos que se foram.
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