Uma abelha na chuva
(Carlos de Oliveira)
Carlos de Oliveira surge, na literatura, contra as injustiças existentes na sociedade e nas relações humanas.
O romance, publicado em 1953, foca-se nos dois protagonistas (o casal Álvaro Silvestre e D. Maria dos Prazeres Silvestres) e na intriga criada por Álvaro, à chegada a Corgos, numa tarde de Inverno em Outubro, movido pelo remorso das suas acções passadas.
Uma Abelha na Chuva - Resumo
Álvaro dirige-se ao director do jornal Comarca para publicar a sua confissão referente aos roubos nas feiras e à venda dos Pinhais do irmão sem o conhecimento deste; porém, D. Maria impede que tal aconteça, ao procurar pelo seu marido na redacção do jornal.
No caminho de regresso a casa, D. Maria sente-se orgulhosa pela sua atitude e, no seu íntimo, atraída pelo cocheiro, o que a fazia lembrar-se da sua família fidalga que, sem posses e na miséria, a sujeitara a tal casamento com Álvaro Silvestre, um burguês endinheirado.
Já durante o jantar, D. Maria interroga o marido sobre o motivo da ida à redacção do jornal e, após obter uma resposta vaga, esquece o assunto para receber as visitas que haviam chegado para o serão do costume. A conversa entre o casal, D. Violante, o padre Abel, D. Cláudia e o Dr. Neto sobre a vida e a morte e a incapacidade dos Homens face à morte acaba por fazer com que Álvaro, já embriagado, veja todas as visitas e a própria mulher a arder no inferno.
As visitas decidem abandonar a residência dos Silvestres e, na calma aparente, Álvaro relê a carta do seu irmão em que o informava da sua chegada em breve. Terminada a leitura, devido à bebedeira, altera o seu comportamento, destruindo tudo o que se encontrava pelo seu caminho e gritando com a mulher, e vê-se obrigado a dormir fora do seu quatro por imposição da mulher.
Quando começa a raiar o sol, Álvaro levanta-se e vai passear, acabando por descobrir que Jacinto (o cocheiro) e Clara (a filha de António, um oleiro cego) eram amantes e que a sua mulher D. Maria se sentia atraída por Jacinto, ao ouvir uma conversa entre ambos.
Decide, então, denunciar o caso ao oleiro que juntamente com Marcelo (seu servente a quem oferece a sua filha) liquida Jacinto à noite, quando este passa pela azinhaga, e acaba por lançá-lo ao mar. Não obstante, sao ambos descobertos por Clara e, posteriormente, condenados pelo crime.
Mais tarde, há outro serão na casa dos Silvestres, onde a companhia do costume comenta o sentimento de culpa de Álvaro e as situações recentes.
No dia seguinte, depois da morte de Jacinto, Clara suicida-se num poço e nem o Dr. Neto a consegue salvar. Ironicamente, o causador de todas estas desgraças (Álvaro Silvestre) sai impune!
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