O Segredo da Vida Longa
(Américo Canhoto)
Artigo publicado na revista Veja em 14 de fevereiro de 2007, página 88, mostra que “ao pesquisarem as quatro regiões do mundo onde se vive mais, cientistas descobrem um fator tão importante para a longevidade quanto a herança genética: o bom convívio social...
Nos idosos o contato social freqüente estimula o funcionamento do cérebro num grau maior do que as atividades solitárias. A convivência reforça o sistema imunológico, contribuindo, para uma vida mais saudável, ajuda a controlar o stress relacionado ao envelhecimento e até mesmo retarda os efeitos da doença de Alzheimer”.
Outros pontos comuns citados; a religiosidade praticada, a dieta frugal e com produtos da própria região, as atividades físicas diárias e constantes. De modo geral, o relativo isolamento em que vivem como comunidades preserva os valores da sua cultura e os hábitos proporcionados pela educação criam as condições necessárias para que as pessoas vivam além da média mundial.
Que razões levam as pessoas que passam dos cem anos a cultivarem e a valorizarem seus relacionamentos com mais intensidade do que as outras da mesma comunidade? Nesse ponto, a carga genética, a individualidade e a evolução espiritual, falam mais alto. Interpretando algumas falas de Jesus é possível deduzir algumas possibilidades para explicar em maior profundidade sua longevidade:
Quando nos alertou para que observássemos os lírios do campo e as aves do céu, nos sinalizou a vida simples e, segundo o que indica a pesquisa essas pessoas a levam relativamente. É inegável que seja muito mais prazeroso e gratificante conviver com pessoas simples e puras; o que justifica que seus relacionamentos sejam mais duradouros e vitalizadores.
Em outra fala Jesus nos alerta para o fermento do estresse crônico (maior causa de morte precoce), ao pedir que não nos cansássemos pela posse ouro. Por certo essas pessoas já conquistaram a sabedoria de viver com pouco. São menos orgulhosos, ambiciosos, e invejosos; do que a maioria; por conseqüencia são sempre bem vindas ao lar e ao coração das pessoas da sua comunidade. Nas entrelinhas da pesquisa entende-se que são pessoas muito ativas e participantes da vida comunitária. Certamente são pessoas de alto astral: ajudam mais do que procuram ser ajudados. São alegres. Não propagam notícias ruins nem ficam se lamentado de suas doenças e aflições para os outros, pois isso, afasta qualquer cristão da nossa companhia. De alguma forma aprenderam o momento certo de falar e de calar. Devem ser sóbrios e discretos. Com certeza não são tímidos nem perfeccionistas (disfarces do orgulho). Enfim, essas devem ser apenas algumas das suas qualidades. Fizeram até sem o saber uma reforma íntima mais apurada e mesmo sem que imaginem tornam-se exemplos a serem seguidos. Porém, é quase certo que isso não será focado nem levado em conta na seqüência das pesquisas, mas não importa, vale a pena o momento de reflexão que já nos foi proporcionado.
Fica a pergunta: Porque entre nós os que passam dos cem são bem mais raros? Apenas uma dica: nossa educação e cultura. Acentuam o que nós espíritos trouxemos de fixações de outras Eras: o egoísmo disfarçado na competição. A ambição de estar sempre nos primeiros lugares usufruindo mais do que os outros. A inveja do que o próximo conquistou a mais do que nós. A avareza de querer guardar em arcas (poupanças e aplicações). A luxúria de nos sentirmos desejados e cobiçados, etc.
Para encerrar essas reflexões: o leitor conhece e interage com os vizinhos do quarteirão? E da casa ao lado? E do prédio onde mora? E com sua parentela? Quer passar dos cem? Dentre muitasoutras coisas; pense nisto...
Feliz reflexão.
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