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A cidade e as serras
(Eça de Queirós)

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O protagonista principal de A cidade e as serras é Jacinto. Todavia, quem narra a história é o coadjuvante José Fernandes. É por meio dele que conhecemos o entusiasmo de Jacinto pelo progresso e pela civilização. Era um positivista nato. Vivia em Paris e se deleitava com os avanços modernos. Invenções, nem sempre pertinentes, adornavam um estranho palacete no 202 dos Campos Elísios, deixando o visitante, José Fernandes, assustado. No livro, publicado em 1901, é descrito algumas das engenhocas comuns nos dias de hoje, como um elevador, por exemplo.
Mesmo sendo positivista e declarando ser um defensor da civilização como um instrumento necessário à humanidade, Jacinto estava notavelmente triste e entediado. Cercado pelo progresso e por pessoas “civilizadas”, o personagem estava sofrendo o “mal da fartura”, ao menos na visão de seu leal criado, o Grilo. Na realidade, as futilidades e a inutilidade da sociedade parisiense urbana, estavam deixando o antes entusiasmado Jacinto, desiludido. Conversando com o narrador, ambos chegam a diversas conclusões reflexivas. Após ler o conhecido filosofo pessimista Schopenhauer, sua depressão se acentua.
Até que uma atividade nova surgiu na vida de Jacinto. Teria que viajar para Portugal de seus antepassados para cuidar de uma capela em homenagem aos restos mortais de seus avós. É assim que em companhia de José Fernandes, o mais “civilizado” dos homens vai parar nas serras do interior de Portugal. Os planos para a viagem não saem como esperado. Terminam os dois sem as bagagens e mesmo sem uma moradia adequada. Fica então acertado que José Fernandes partiria para a residência de uma parente em Guiães, ao passo em que Jacinto se hospedaria em Lisboa. Entretanto, para a surpresa do narrador, Jacinto fica mesmo em Tormes, nas serras. José o reencontra e percebe diferenças em seu amigo. E para melhor. Está mais corado e disposto. Perderá o jeito franzino.
E mais. Após entrar em contato com a carência da região, passou a preocupar-se com caridades e trabalhos sociais. Não demorou muito para que o humilde povo da paragem passasse a enxergá-lo como o mítico Dom Sebastião, voltando para re-erguer Portugal. Em contrapartida, alguns vizinhos na serra o enxergavam com desconfiança por suspeitarem que Jacinto se tratava de um partidário de Dom Miguel, visando restituí-lo.
Jacinto é outro. Entrega-se ao bucolismo e a Portugal. Não volta à Paris. José Fernandes, sim. Contudo, regressa a Portugal. Também não agüentou mais a mesquinharia dos “civilizados”.



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