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O Presente da Águia
(Carlos Castaneda)

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A FORMA HUMANA

Os livros de Castaneda são recheados de conceitos que na maioria das vezes uma leitura rápida não traz ao entendimento do leitor o real significado do que ele leu. Aliás, isto é normal acontecer dada a fome de leitura em obter logo o conhecimento registrado nos textos. Nos livros de Castaneda não é diferente.
A definição sobre a forma humana encontra-se em alguns de seus livros, mas no “Presente da Águia” tem um capítulo onde o conceito aparece como título e são dedicadas algumas páginas citando-o, assim como definindo. A simples definição às vezes és insuficiente para que o entendimento consolide-se na prática. Portanto, descrever a sensação pode ajudar não só na definição como dar subsídios a quem possa se interessar pela sua definição. Conta-nos Castaneda que depois de reorganizar a vida dos guerreiros que ficaram sob sua tutela a mando de Dom Juan depois de este ter feito a viagem definitiva, certo dia ao acordar pela manhã sentiu fortes dores de cabeça. Em realidade não eram exatamente na cabeça, mas uma pressão nesta região que o levou a imaginar estar sendo vítima de um derrame. Nervoso com o que estava lhe acontecendo pensou em pedir socorro, mas pouco a pouco foi dominando o medo na medida em que a referida pressão foi baixando, passando pela sua garganta, peito, estômago até ir-se embora pelos pés.
Após este período aflitivo de duas horas, percebeu que alguma coisa havia saído de seu corpo, porém sem ainda entender o que era. Comentando o fato com La Gorda, uma de suas companheiras de jornada xamânica, ouviu taxativamente ao término de seu relato que o que havia acontecido naquela manhã fora a perda de sua FORMA HUMANA. Com isto, seus escudos caíram na maior parte, isto é, algo nele ficara solto, desprendido, sem rancores, estranho, mas imerso em si próprio. O fato principal é que Castaneda não tinha mais pensamentos.
Talvez esta descrição não traga muito entendimento ao leitor, pois não há comparativos e a razão pede esta qualidade para processar o entendimento. Entretanto, se falarmos em iluminação, onde os grandes iluminados a descrevem exatamente como esta experiência de Castaneda, aonde de um momento para o outro permanecem assim como o texto nos descreve, então pode ser que cheguemos a um entendimento sobre a perda da FORMA HUMANA. O fato é que uma paz se estabelece em quem perde a forma humana e ela pode ser mais bem descrita como um corpo sutil que todos temos e que carregamos até o fim da vida. Alguns a expulsam espontaneamente e outros forçam para que ela saia compulsoriamente.
O tempo todo da associação de Dom Juan com Castaneda ele o ensinou técnicas para que isto acontecesse um dia. No racionalismo extremado dele este entendimento passou incólume, porém suas práticas a esmo lhe conferiram a expulsão da FORMA HUMANA de alguma maneira.



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