BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Democracia Ateniense - 2ª parte
(AlexandraAndrade)

Publicidade
A importância da oratória
A oratória era o dom da palavra que permitia convencer e brilhar em politica. Todo o cidadão devia estar preparado para apresentar propostas e discuti-las na eclésia. Os oradores brilhantes desfrutavam de um elevado prestigio

A protecção à democracia
Muitos políticos, mais interessados nos benificios que podiam conseguir para si próprios do que no bem comum, aliciavam os atenienses com propostas pouco sensatas e irrealizáveis para conseguirem o apoio popular. Então, o grande perigo que a democracia receava era a tomada do poder por um só homem. Para o impedir e para evitar excessivos confrontos pessoais entre os cidadãos, os legisladores atenienses estabeleceram o ostracismo.
O ostracismo era quando os membros da eclésia escreviam, numa pequena placa de barro, o nome de um cidadão que perturbasse o bom funcionamento democrático. Caso se reunissem 6000 votos com o mesmo nome, o ostracizado deixava a cidade por 10 anos.

Os limites da democracia antiga
A Ática teria, na segunda metade do século V a.C., uma população de cerca de 400 000 habitantes. Destes, apenas 40 000 eram cidadãos atenienses. Juntamente com as mulheres e filhos, os cidadãos deveriam formar um conjunto de 120 000 pessoas. Mas as mulheres não contam politicamente. Eram apenas mulheres, não eram cidadãs.
Tinham o estatuto de cidadão os indivíduos de sexo masculino, filhos de pai e mãe atenienses, aos quais estavam reservados, a governação da cidade e outros privilégios (casas, terras)
Os metecos atingiam 70 000 a 90 000 habitantes. Os metecos tinham participação na vida politica mas não eram considerados cidadãos.
Por fim, em maior quantidade, 200 000 escravos despojados de todos os direitos e até da sua condição de ser humano
Os excluídos: mulheres, metecos e escravos
As mulheres atenienses poucos direitos tinham. As mulheres dedicavam-se aos trabalhos domésticos e a educação das crianças. Não lhes era reconhecido o direito de se disporem da sua pessoa ou de administrarem os seus bens. Se enviuvavam, ficavam sob a autoridade do filho mais velho, ou, se não tiverem filhos, do parente mais próximo.
Nas casas abastadas, as mulheres habitavam numa zona específica, o gineceu, onde acompanhadas pelas escravas passavam a maior parte da vida. Com excepção das grandes festas religiosas, em que participavam só muito raramente, saíam a rua. Não iam sequer ao mercado. As compras eram tarefa e privilégio masculino.
A sua maior virtude era passarem despercebidas (fazer com que falassem dela o menos possível, para o bem ou para o mal)
Meteco, designação dada ao estrangeiro, geralmente oriundo do mundo grego, que residia na polis ateniense. Em Atenas estava-lhe vedada a aquisição de terras e a participação na vida politica. A lei impedia-os de participar no governo, desposar uma ateniense e de possuir terras ou casas. Estavam obrigados a pagar um imposto, o metécio, e à prestação de serviço militar.
Os metecos desempenham um papel económico muito importante, assegurando a maior parte da produção artesanal e das trocas comerciais. Foram poucos os que conseguiram elevar-se à condição de cidadãos.
Os escravos constituíam praticamente metade da população da Ática. Eram na sua maioria, de origem estrangeira - prisioneiros de guerra ou adquiridos nos mercados da Ásia menor. A lei não lhes reconhecia personalidade civil, nem família e muito menos, o direito de possuir bens. Os escravos eram considerados como uma vulgar mercadoria e até equiparados a animais

A educação para o exercício público do poder
Em Atenas, é necessário converter os jovens em homens cultos, corajosos, sensíveis, ao belo e empenhados na vida politica da cidade.
Até aos 7 anos, as crianças eram educadas pela mãe no gineceu. A partir daí eram orientadas para os papéis que, mais tarde, deveriam assumir na sociedade: as raparigas ficavam em casa, onde aprendiam todos os louvores que competiam à mulher. Os rapazes iam a escola e preparavam-se para ser cidadãos.
O estado recomendava que aprendessem a nadar, a ler, a escrever e que praticassem exercícios físicos. O currículo compreendia-se na aprendizagem da leitura, da escrita e da aritmética.
A educação intelectual era contemplada com a preparação física. Exercitar o corpo era considerado tão necessário para exercitar a mente. Um cidadão tinha um serviço militar a cumprir, e, por isso deveria estar pronto para defender a sua polis sempre que necessário.
A preparação física continuava, a partir dos 15 anos, em escolas próprias, os ginásios. Nos ginásios ensinavam-se também matemática e filosofia.
No decurso do século V. a.C. correspondendo às necessidades oratórias abertas pela democracia, surgiram os sofistas, professores itinerantes que andavam de cidade em cidade, fazendo conferências e dando aulas



Resumos Relacionados


- Grécia Antiga

- História Das Ideias Políticas

- Democracia Ateniense - 1ª Parte

- As Concumbinas Da GrÉcia

- A Polis



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia