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A Era dos Extremos
(Eric Hobsbawm)

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Resumo de:Jannie Lund[BR]Em “A Era dos Extremos”, Hobsbawm fornece uma visão do que ele chama de breve século 20- período de 1914 a 1991.
O livro é uma síntese histórica pessoal e global, centrada na Europa, oferecendo uma visão sobre 77 anos de acontecimentos numa época incrivelmente rica deles.
Os capítulos são escritos em forma de ensaios, fáceis de serem lidos separadamente uma vez que versam sobre problemas relevantes e específicos de uma época também específica.
Há claras referências ao marxismo no texto e os aspectos econômicos e materiais são as forças direcionadoras do texto.
Nem mesmo a visão marxista sobre ciência e política é ocultada.
Provavelmente as mais importantes teorias no livro têm sua origem nos aspectos econômicos.
Para Hobsbawm a crise internacional do capitalismo durante as décadas de 20-30 seja, talvez, o acontecimento mais importante desse breve século e sem ela o comunismo e o fascismo jamais teriam a mesma importância que tiveram e nem mesmo a Primeira Guerra Mundial ou a Guerra Fria teriam acontecido.
Este fato teria alterado a historia e o mundo como nós o conhecemos hoje.
Este é apenas um dos muitos contra-fatos assinalados por Hobsbawm e assim o autor coloca a historia dentro de uma perspectiva muito interessante.
A Era dos Extremos está dividida cronologicamente em três partes, iniciando-se com uma visão geral sobre este breve século.
A primeira das três partes do livro compreende o período de 1914 a 1945, denominada A Era das Catástrofes, quando o mundo conheceu uma nova expressão, “Guerra Mundial”. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial mudaram totalmente o mundo e paralisaram o progresso que tanto entusiasmo havia causado antes de 1914.[BR]A primeira parte da obra apresenta um tom bastante pessimista. Nela, as guerras mundiais têm papel preponderante, passando depois delas para as revoluções que mudaram ainda mais a face do mundo e apresentaram uma nova ordem mundial.
O aspecto econômico também é um elemento-chave do texto.
A descolonização pegou carona nesse mundo então moderno e de rápido crescimento e esse fato alterou drasticamente as relações mundiais.
A segunda parte do livro cobre os Anos Dourados, de 1945-1973, com uma visão bem mais otimista do que a primeira parte.
Começa com o capítulo sobre a Guerra Fria, quando a bipolaridade garantiu uma determinada ordem entre as potencias mundiais.
Nesses Anos Dourados e no período compreendido entre 1945-1990, uma revolução social de âmbito global ocorre e mais do que qualquer outra coisa, determina uma alternância para novos tempos.
As sociedades agrícolas desapareceram, sendo substituídas pelas sociedades industriais, nas quais houve uma rápida escalada urbanística. As cidades cresceram e tornaram-se grandes entroncamentos e, com isso, o poder econômico da população aumentou.

Seguiu-se então a Revolução Cultural, com grandes mudanças para o povo e seus inter-relacionamentos. Uma nova e jovem cultura internacional nasceu atingindo seu apogeu em 1968, transformando-se na imagem de toda a revolução cultural.
A esquerda era uma sociedade que aparentava ser assombrosamente mais diferente do que a anterior.

No capitulo O Terceiro Mundo, Hobsbawm oferece a visão de um mundo com forte contraste ao Ocidente, excelência do progresso. A descolonização e as revoluções mudaram o mapa político do globo e novos Estados apareceram aqui e acolá, criando uma coerção totalmente nova no mundo.

No capitulo sobre o “verdadeiro socialismo”, Hobsbawm dá uma ou outra pincelada.
A Revolução de Outubro é apontada no livro como um dos mais revolucionários acontecimentos; A USSR como o exemplo a ser seguido e o socialismo como a resposta para as todas as questões.
A última parte do livro, a Década das Crises, período de 1973-1991, começa enfatizando o fato de que a crise que então envolvia o mundo não foi reconhecida até o total colapso da USSR e da Europa Oriental. O Terceiro Mundo entrava num período de revoluções, guerras e instabilidade geral num momento em que o resto do globo vivia em relativa paz.
A disputa pelo poder entre o Estados Unidos e a USSR criaram um ordenamento no mundo e os demais paises eram peças de seus quebra-cabeças.
O livro finaliza com um olhar para o futuro e para os desafios vindouros.
Ao terminar o livro, Hobsbawm encontrou um mundo completamente alterado em 1991, bem como novas ameaças impostas à sociedade.
Havia pequenos conflitos nacionais deflagrados por pequenos grupos como o Exercito Republicano Irlandês (IRA) e também conflitos internacionais entre as nações ricas e pobres.
Ele também observou contrastes entre a carência de força de trabalho do mundo rico e a superpopulação do mundo pobre, bem como notou que o crescimento mundial acelerado criaria diferenças cada vez maiores entre ricos e pobres.[BR]O final do livro é bastante pessimista e por vezes desestruturado.
Fica obvio que à medida que se aproxima do presente (realidade atual), há um distanciamento histórico maior sob a perspectiva de Hobsbawm.
Hobsbawm termina o livro abordando uma época na qual o autor não encontrava uma
ordem no mundo e isso o preocupava bastante. Hobsbawm ensina que o breve século vinte alterou o mundo radicalmente e que todos os seus acontecimentos estão interconectados e que um evento não aconteceria se outro não tivesse ocorrido anteriormente.

O leitor fica com um sentimento de ter lido a estória de uma longa e interessante vida, mas que agora apenas o pessimismo persiste.



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