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Da Obra O MAR DE SARGAÇOS
(Robertson Frizero Barros)

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Quando vieres, enfim, depositar em mim teu olhar esvaziado em pupilas de fogo, não te negarei o derradeiro óbolo, que irei depositar com gosto em tuas mãos descarnadas. Já de há muito observo, com a calma louca dos mártires, teu ir e vir traiçoeiro entre as faces deste rio morto. E aprendi com o tempo. Tomei gosto por tuas barbas grisalhas, tuas vestes toscas e sujas, já não mais me escandalizo com tua figura aziaga. Mas me nego a entrar em tua barca E remar com teus remos, rumo ao inexorável. Deixa-me, antes, à margem, chorar meus cem anos de lágrimas amargas, ancestrais e inexplicáveis, para depois ir contigo afogar em outras águas as memórias tolas que construí vivendo à sombra do destino, mas resguardei ocultas à vontade dos deuses.



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