Imigração e Saúde – Imigrantes da Europa de Leste em Portugal
(Ana Paula Almeida Vieira Monteiro)
Este estudo teve como objectivos fazer uma caracterização sócio-demográfica, identificar os principais problemas de saúde, os recursos utilizados para resolver problemas de saúde e os padrões de vigilância de saúde da população imigrante russófona, oriunda dos países da Europa de Leste, a residir em Portugal. Numa amostra de 169 indivíduos inquiridos, conclui-se que esta população é predominantemente do sexo masculino, em idade jovem activa e com habilitações literárias tendencialmente elevadas, mas que não ocupa uma actividade laboral qualificada correspondente. Relativamente ao estado de saúde anterior ao processo migratório, 34,9% dos inquiridos refere não ter problemas de saúde anteriores ao processo migratório, sendo as afecções gástricas e hepáticas (9,5%) e a hipertensão as queixas mais referidas. Uma percentagem significativa de inquiridos já acedeu ao sistema nacional de saúde em Portugal (75,7%), sendo as principais causas desta utilização situações de doença aguda e acidentes de trabalho. Quando necessitam de cuidados ou vigilância de saúde, os imigrantes da Europa de Leste inquiridos recorrem prioritariamente aos Centros de Saúde (36,7%). Relativamente aos comportamentos e estilos de vida, observa-se que uma percentagem significativa de inquiridos refere hábitos tabágicos e alcoólicos, tem actividades laborais de risco e apresenta reduzidos comportamentos de vigilância de saúde. Keywords - Imigrantes da Europa de Leste, Acessibilidade aos cuidados de saúde, comportamentos de saúde e estilos de vida.
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