Clínica peripatética
(Antonio Lancetti)
Em "Clínica Peripatética" (passear, ir e vir conversando), o autor Antonio Lancetti descreve, em seis ensaios, algumas formas alternativas à escuta normalmente realizada dentro de um consultório, de um setting. O pano de fundo é a reforma psiquiátrica e sua evolução no tratamento de psicóticos e dependentes químicos. Atravessada pela clínica peripatética, a terapia psiquiátrica a depender muito menos da química, encontra apoio em outras formas de tratamento, seja pela escuta do paciente e de seus familiares, ou somente do paciente em seus lugares próprios, sem descaracterizá-lo nem diminui-lo. Esta clínica está muito mais preocupada com a preservação da singularidade do indivíduo do que com a imposição vertical do que é considerado "normal". Está mais ocupada com a redução de danos do paciente sobre si mesmo (mais verossímel) do que com a "recuperação" de pessoas segundo o enquadre normal/normatizante. O livro, da coleção Políticas do Desejo, Hucitec, São Paulo, 2007, dá uma idéia do que se propõe este tipo de clínica, que embora tenha alguns pontos semelhantes ao trabalho de acompanhantes terapêuticos, dá um salto significativo em relação ao seu propósito, porque é mais abrangente (comunitário), e menos específico (particular, privado).
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