ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
(LEWIS CARROLL TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO DE MONTEIRO LOBATO)
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS foi publicado em 1931 por um professor de matemática chamado LEWIS CARROLL, de Oxford, que adorava as crianças. Escreveu esta obra-prima para a literatura infantil universal depois de um passeio pelo Tâmisa com três menininhas. Com a intenção de tornar o passeio mais agradável, foi contando e inventando histórias. Quando chegou em casa desse passeio agradabilíssimo resolveu então escrever um livro intitulado: ALICE IN WONDERLAND que sendo escrito para crianças encantou também os adultos. MONTEIRO LOBATO traduziu e adaptou a obra de Carroll, confessando a dificuldade em trazer para o nosso contexto um sonho de inglezinhos. Por isso adaptou a obra sob os olhos de “Narizinho”, colocando apenas dentro dela as referências de crianças brasileiras, quer dizer, os sonhos eram em português, com as brincadeiras e o humor nossos.
Narrado em terceira pessoa, o sonho de Alice nos remete a célebre frase de Machado de Assis: “eu prefiro cair das nuvens do que do terceiro andar”, para que então nunca deixemos de sonhar, apesar dos tombos serem muitos por toda a nossa vida, precisamos ler muitas vezes este livro, nas diversas fases e nas inúmeras dificuldades pelas quais passamos, dando a cada um a oportunidade de recomeço a cada queda. Em cada idade os tombos, os sonhos, os desejos, os anseios se diferem. Somos sempre diferentes a cada minuto que passa. Isso Alice nos ensina com categoria.
Quando caiu na toca dos coelhos (metaforizando um imenso tombo e depois dele a luz no fim do túneo) Alice experimentou todas as sensações possíveis. Todos os sentidos se aguçaram para que ela pudesse aproveitar todos os momentos. A partir de então começa a história mais interessante que já se ouviu e que nos permite ver por metáforas e sensações os desejos da criança que vive em cada um de nós. Falando com os bichos e trazendo a cada um um ensinamento através da magia da vida. Buscando na essência das coisas e da natureza tudo de que precisamos. Como a vida pode ser diferente se soubermos adaptar às circunstâncias e enfrentar as dificuldades com carinho, ternura, sem medo, com independência e sobretudo com fé e confiança para que tudo tenha um bom final.
Então vamos lá. Deixemos de “lero lero” para iniciar a história que nos interessa por hora. Alice estava dorminhocando no colo de sua irmã quando ouvia uma história muito chata e por isso fixou o olhar num canteiro de margaridas e começou a sonhar um sonho maravilhoso que a levou a um país que nunca tinha estado antes. Lá tudo era tão diferente e intenso. Na queda na toca dos coelhos (que havia visto no jardim) já foi uma maravilha, apesar do susto do tombo ela foi aos poucos chegando num lugar encantado, onde todos os bichos podiam falar. Mas, não pense que tudo foi assim tão fácil. Alice bebeu e comeu coisas que a faziam aumentar e diminuir de tamanho. Até que ela percebeu que o seu desejo ajustava a necessidade de realização conforme ela queria. Conheceu vários bichos como: o coelho apressado, o rato. Só que antes disso chorou tanto por se sentir só e de saudades do sua gatinha Diná que formou um LAGO DE LÁGRIMAS, que é a parte mais poética dessa história de menininhas levadas. E assim ela conheceu um rato que tornou-se seu amigo, pois o coelho era muito esperto e não parava em lugar nenhum. Numa reunião original na tentativa de secar para não adoecer apareceram outros animais como: o pato, o papagaio, o ganso e uma pequenina águia, sem se esquecer do rato que já era amigo de Alice. Brincaram e divertiram tanto com as palavras que a história do rato acabou num belo poema. De repente aparece o coelho veloz e começa a dar ordens para Alice. Pediu com urgência as luvas e um leque. E Alice obedeceu de medo. E assim continua a história de bichos e uma menina. Chegaram outros animaizinhos como o pobre periquito, a tartaruga falsa, o bicho cabeludo que lhe deu bons conselhos e era nesse momento tão pequena que precisava ficar na ponta dos pés para alcançar umcogumelo e conversar com o bicho cabeludo. Esse que teve muita importância para que ela compreendesse que não estava trocada, que a todos os momentos somos diferentes e nos transformamos de alguma maneira. E por mais difícil que seja a situação podemos sempre nos acostumar, inclusive a ter somente dez centímetros.
Teve também a história do porquinho que Alice pensou que era um bebê. O gato careteiro. Ela não conhecia essa raça de gatos que fazem caretas. Ih!!! O chapeleiro, lebre telhuda, o rato do campo, o pequeno morcego, todos eles apareceram num chá de doidos varridos. Para finalizar, o episódio QUEM FURTOU OS BOLOS? Houve um júri para descobrir quem tinha roubado os bolos do REI E A RAINHA DE COPAS. Alice e o Grifo chegaram. Todos os bichos eram suspeitos do furto. Quando o Valete de Copas estava sendo acusado pelos jurados com provas provadas, pois trocava o B pelo P num papel encontrado com a letra do Valete, quando dizia Pichocarra ao invés de Bichocarra. A Rainha ordenou a execução antes da sentença e Alice interviu achando aquilo tudo um absurdo todos se voltaram contra ela e foi uma verdadeira chuva de cartas em cima dela que a fez acordar. E assim acabou o sonho de Alice.
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