BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A Casa da Floresta
(Marion Zimmer Bradley)

Publicidade
Um vento frio açoitava as chamas dos archotes, transformando-as em chamejantes caudas de cometas. Uma luz ameaçadora brilhava nas escuras águas do estreito e nos escudos dos legionários que aguardavam na outra margem. A sacerdotisa tossiu com o cheiro desagradável de fumo e nevoeiro marítimo e escutou o clangor de latim militar que ecoava através das águas enquanto o comandante romano arengava aos seus homens. Os druidas cantaram em resposta, invocando a fúria dos céus e o barulho fez estremecer o ar.
Vozes de mulheres levantaram-se em guinchos de lamentação que a arrepiaram, ou talvez fosse do medo. Ela ondulou com as outras sacerdotisas, os braços levantados numa maldição; as suas roupas escuras abriam-se, esvoaçando como as asas de um corvo.
Mas os romanos também gritavam e a primeira fileira estava agora a lançar-se para a água. A harpa de guerra do druida vibrou com uma música terrível e a sua garganta ficou em carne viva com os gritos, mas, mesmo assim, o inimigo continuou a avançar.
O primeiro soldado de capote vermelho pisou na praia da Ilha Sagrada e os Deuses não o fulminaram. Nesse instante, o canto vacilou. Um sacerdote puxou a sacerdotisa para trás de si quando o aço romano brilhou à luz do archote; a espada caiu e sangue borrifou o seu manto escuro. O ritmo do canto tinha-se perdido. Nesta altura apenas se ouviam gritos, e ela fugiu para as árvores. Atrás dela, os romanos ceifavam os druidas como tordos. Acabaram, rápido de mais, e a maré vermelha invadiu a ilha. A sacerdotisa cambaleou pelo meio das árvores, à procura dos círculos sagrados. Um brilho alaranjado enchia o céu por cima da Casa das Mulheres. As pedras assomavam à sua frente, mas atrás dela ouviam-se gritos. Vendo-se sem possibilidade de escapar, abraçou-se à pedra central do altar. Agora, era certo que a matariam... Evocou a Deusa, e endireitou-se, à espera do golpe. Mas não eram armas de aço que eles faziam tenção de usar contra ela. Lutou quando rudes mãos lhe agarraram o corpo, rasgando as suas roupas. Forçaram-na a deitar-se na pedra e o primeiro homem abateu-se sobre ela. Não havia fuga possível; apenas podia usar as disciplinas sagradas para fazer com que a sua mente se retirasse deste corpo até que tivessem acabado. Mas, enquanto a sua consciência se evolava, gritou: «Senhora dos Ravens, vingai-me! Vingança!»Escreva seu resumo aqui..



Resumos Relacionados


- Sob A Lua Cheia - Parte Ii

- Sob A Lua Cheia - Parte I

- Sacerdotisa Ou Deusa Minoana?

- As Brumas De Avalon ( I Volume )

- As Brumas De Avalon ( I Volume )



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia