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A Lei da individualidade ! Outra evidência da existência da vida !
(Henrique Martires)

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Se tirarmos um pouco de material genético, mesmo quando as células ainda são indiferenciadas, as chamadas células estaminais, verificamos com surpresa que o código genético aí encontrado é único. Ou seja o ADN de cada pessoa é ímpar. Único no verdadeiro sentido da palavra. É como uma impressão digital. Não existem dois códigos iguais. É o genoma humano. Sendo o genoma uma impressão digital biológica, significa que, antes mim, nunca houve nem nunca vai haver outro ser igual. Por isso lhe chamamos de indivíduo. Não se pode dividir, é o que significa essa palavra. É um ser único. Somente seres vivos comunicam entre si! A comunicação é um fenómeno que não pode ser evitado entre os seres vivos. Watslavik dizia que é impossível não comunicar. As primeiras comunicações no ser humano começam no ventre materno entre o feto e a mãe e é de ordem puramente biológica nesta fase. Até ao aparecimento da linguagem, a comunicação entre a criança e o mundo envolvente passa por vários estádios e concretiza-se no aparecimento da palavra oral e mais tarde escrita.A comunicação biológica!Todos os meses um folículo amadurece e começa a crescer. Ele vai dilatando até irromper e deixar eclodir um óvulo que cai num espaço vazio entre o ovário e a trompa. Essa trompa é uma espécie de tubo mais largo no começo e começa a afunilar à medida que se aproxima do útero.Depois do folículo rebentar, o óvulo cai nessa trompa e dirige-se obstinadamente para o útero. Como ele não tem movimento próprio, nas paredes da trompa existem uns pelos muito finos que se movem sempre na mesma direcção e assim empurram o óvulo no sentido próprio até este chegar ao endométrio que é a pele que envolve o interior do útero e aí se aninhar.No folículo de onde surgiu esse óvulo fica uma cicatriz que se chama “corpo amarelo.” Esse corpo amarelo produz uma hormona chamada progesterona. Se o óvulo não for fecundado, quer dizer, se a mulher não ficou grávida, este corpo amarelo vai tornar-se fibroso (corpo branco), cicatrizar e desaparecer completamente ao fim de doze dias aproximadamente. Nesse momento, os níveis de produção da progesterona baixam e uma menstruação aparece. Sinal de que a mulher não está grávida.Mas quando a mulher engravida, nos primeiros dias de evolução, à superfície do óvulo fecundado, agora ovo, começa a formar-se uma membrana chamada “Córion”. Esta membrana vai dar lugar mais tarde à placenta. A função desta membrana é produzir uma substância chamada Gonadotrofina Coriónica Humana (HCG). Esta hormona começa a ser produzido quando o embrião se aninha na parede interior do útero e começa assim a receber sangue da parte da mãe. A gonadotrofina coriónica humana começa a comunicar com o organismo da mãe informando que ela está grávida. Alias, é graças a esta HGC que a mãe vai saber que está grávida, pois essa hormona vai ser eliminada pela urina e detectada no momento do teste dando assim o resultado da positividade da gravidez. Recebida esta informação, a hipófise vai ter de impedir a cicatrização do corpo amarelo no folículo. Para tal envia através da corrente sanguínea uma outra hormona que é detectada pelo corpo amarelo e este, em resposta, não cicatriza e continua a produzir a progesterona. A progesterona vai preparar o útero afim deste poder receber o ovo nas melhores condições de sobrevivência. Ela relaxa a musculatura lisa do útero, o que diminui a contracção uterina para evitar a expulsão prematura do feto, aumenta o endométrio, pois se o endométrio não estiver bem desenvolvido poderá ocorrer um aborto natural ou o blastócito se implantar (nidação) além do endométrio. A gonadotrofina coriónica humana vai também inibir o sistema imunitário da mãe. Este mecanismo tem como objectivo evitar que o organismo da mãe rejeite o embrião no momento da nidação. Na realidade, o sistema imunitário da mãe não reconhece o embrião como fazendo parte dela e reage como se tratasse de um corpo estranho. Este modelo biológico constitui uma outra evidência da vida – a individualidade. Se o feto fosse igual à mãe, o organismo desta não o consideraria como um corpo estranho e não teria nenhuma razão para criar mecanismos imunológicos para o eliminar. Esta reflexão ajuda-nos a identificar uma outra maravilha do conceito de vida; o ser que agora desponta dentro da mãe, não é uma continuação dela, não lhe pertence para que ela faça dele o que bem lhe parecer. Este ser foi-lhe outorgado pela natureza para que ela cuide dele, o proteja e o ajude a tornar-se um adulto maduro e fecundo, para dar continuidade à sua espécie no futuro. A mãe não é dona dele mas sim depositária dum indivíduo completamente diferente dela para o qual uma grande responsabilidade lhe é exigida pela natureza – a de ser garante da sua sobrevivência. Antes da mãe saber que está grávida, já o filho está em interacção com ela e o organismo dela já está a reajustar-se duma forma milagrosa e fantástica à recepção desse novo ser. Contudo, a mãe pode reagir de diversas formas ao receber a notícia da sua gravidez. No capítulo seguinte vamos analisar esses fenómenos.



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