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São Gregório Nazianzeno
(anonimo)

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São Gregório Nazianzeno»
(aprox. 330- aprox. 390)



1. Vida:
Humano,
demasiado humano - e talvez o mais profundo dos Padres gregos, "Demóstenes
cristão" por sua mestria na arte da retórica, o "Teólogo", isto é, o cantor
da Trindade, cuja própria vida e a palavra humana que a evoca são "teologia"
por excelência.
Como todos os
grandes Capadócios, Gregório pertence a um meio de grandes proprietários de
terras, gentlemen farmers, poderíamos dizer, com um pouco de humor,
homens de vasta cultura humanística e cristãos fervorosos nesse tempo de
transição entre o martírio e o monaquismo. Sua mãe converteu o pai, que se
tomou bispo de Nazianzo. Gregório, filho tardio "oferecido ao Senhor'' desde
o nascimento, recebe sólida formação religiosa mas absorve a herança
cultural do helenismo nas melhores escolas: Cesaréia da Palestina,
Alexandria e principalmente Atenas, onde faz amizade com Basílio de
Cesaréia. Voltando à Capadócia, ei-lo retórico, destinado às mais
importantes funções civis. É, porém, uma alma dividida, quase romântica,
nostálgica da solidão, da especulação, da contemplação, ávida também de
admiração e afeto, temperamento melancólico, indeciso, ao mesmo tempo
desejoso de responsabilidades e logo assustado por elas. Engajado, contra
sua vontade, no serviço da Igreja, permite que lhe sejam impostos
compromissos que rapidamente recusa a manter. Seu pai o ordena sacerdote,
ele desaparece durante vários meses, num "deserto" povoado de intelectuais,
para assumir finalmente, não sem resistência, seu ministério e defender
ardorosamente os pobres. Por volta de 371, Basílio, para resistir ao poder
imperial, multiplica os bispados, onde coloca partidários seus. Sagra
Gregório bispo de Sásima, mas Gregório recusa-se a ocupar a sua sé, um
poeirento e ruidoso pouso de caravanas. Após a morte de seu pai, os fiéis de
Nazianzo o reclamam como bispo; ele se refugia, durante quatro anos, numa
solidão estudiosa. No entanto, em 379, este intelectual, sensível,
complicado, inadaptado, vai vencer a si mesmo: aceita; partir para
Constantinopla onde os arianos ocupam todas as igrejas e fanatizam a
população. Abre, sob o signo da ressurreição (Anastasis), uma capela numa
residência particular. Suas pregações, principalmente os Cinco discursos
teológicos sobre a Trindade, atraem o povo. Em vão foram enviados alguns
fanáticos para insultá-lo e lapidá-lo. Em 381 o imperador Teodósio, um
espanhol fiel ao dogma de Nicéia, entra na cidade. Reúne um Concílio -
designado mais tarde como o Ecumênico II. Nele triunfam as elaborações de
Basílio e de Gregório. Este é proclamado arcebispo de Constantinopla; logo,
porém, as intrigas, as tensões do Concílio o desencorajam. Ele renuncia.
Passa os últimos anos de sua vida na propriedade de Arianzo, escrevendo
poemas, entre os quais um Canto autobiográfico, primeiro testemunho
na literatura cristo do "diálogo secreto", mas artisticamente apresentado,
"da alma consigo mesma e com Deus".
Em seus
discursos, que ocupam o meio termo entre retórica e liturgia, Gregório
celebra antes de tudo o mistério da Trindade que ele opõe ao monoteísmo
absoluto do judaísmo e ao divino difuso do paganismo. As "hipóstases" que,
cada uma à sua maneira, contêm e dão a "essência" divina, distinguem-se por
relações de diversidade, simples sinais de reconhecimento: o Pai por seu
caráter de origem sem origem, o Filho pela geração, o Espírito pela
processão. Assim se acha elaborada, a nível da teologia trinitária, a
metafísica da pessoa que não é um fragmento do todo mas o contém na
comunhão. Um amor infinitamente pessoal se inscreve no absoluto.
A controvérsia
com Apolinário (para quem o Logosubstitui, em Cristo, o espírito
humano) leva Gregório a desenvolver uma espiritualidade da deificação como
cristificação: como nosso corpo e nossa alma, nosso espírito (nous) só pode
ser deificado participando do espírito humano deificado de Jesus. Numerosos
textos de Gregório que celebram nossa morte e nossa ressurreição em Cristo
entraram na liturgia bizantina: "Só a Cruz é teóloga", só, de morte e de
vida, ela pôde transformar, no coração de Gregório, a angústia em confiança.



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