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Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento
(Izabel Galvão)

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Wallon cursou medicina para conhecer a organização biológica do homem, mas se interessou também, pela psicologia da criança.
Propôs o estudo integrado do desenvolvimento, ou seja, que este abarcasse os vários campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetividade, motricidade, inteligência). Propõe ainda, o estudo da criança contextualizada, isto é, nas suas ralações com o meio.
O projeto de Wallon é definido como psicogênese da pessoa completa. Wallon mantém-se ligado às categorias neurológicas, numa necessidade que lhe era, provavelmente, imposta pelo atendimento clínico a crianças com distúrbios de comportamento.
Wallon elege a observação como instrumento privilegiado da psicologia genética. A observação permite o acesso à atividade da criança em seus contextos, condição para que se compreenda o real significado de cada uma de suas manifestações: só podemos entender as atitudes da criança se entendemos a trama da ambiente no qual está inserida. Recomenda ainda que o observador se esforce por explicitar, ao máximo, os referenciais prévios que influenciam seu olhar e sua reflexão.
Os aspectos físicos do espaço, as pessoas próximas, a linguagem e os conhecimentos próprios a cada cultura formam o contexto do desenvolvimento. Conforme as disponibilidades da idade, a criança interage mais fortemente com um ou outro aspecto de seu contexto, retirando dele os recursos para o desenvolvimento.
A influência do meio social torna-se muito mais decisiva na aquisição de condutas psicológicas superiores, como a integração simbólica. É a cultura e a linguagem que fornecem ao pensamento os instrumentos para sua evolução.
Wallon vê o desenvolvimento da pessoa como uma construção progressiva em que se sucedem fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva.
Divide em cinco estágios:
Estágio impulsivo-emocional: que abrange o primeiro ano da vida da criança é dado pela emoção.
Estágio sensório-motor: que vai até o terceiro ano, o interesse da criança se volta para a exploração sensório-motora do mundo físico. Outro marco deste estágio é a função simbólica e da linguagem.
Estágio do personalismo: vai dos três aos seis anos, a tarefa central é o processo de formação da personalidade. A construção da consciência de si, que se dá por meio das interações sociais, reorienta o interesse da criança para as pessoas, definindo o retorno da predominância das relações afetivas.
Estágio Categorial: por volta dos seis anos. Consolidação da função simbólica e a diferenciação da personalidade realizada no estágio anterior, trazendo importantes avanços no plano da inteligência.
Estágio da adolescência: a crise pubertária rompe a “tranqüilidade” afetiva que caracterizou o estágio categorial e impõe a necessidade de uma nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados devido ás modificações corporais resultantes da ação hormonal. Este processo traz à tona questões pessoais, morais e existenciais, numa retomada da predominância da afetividade.



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