Resumo de Dom Casmurro - Machado de Assis

Resumo do livro "Dom Casmurro" de machado de Assis.[BR][BR] O romance mostra uma trama universal que é um triângulo amoroso, se bem que o autor não afirma expressamente este triângulo. E é exatamente este o aspecto que faz desta obra a mais famosa de Machado de Assis. São inúmeros os motivos que fazem com que as pessoas dividam suas opiniões acerca do fato de Capitu ter ou não traído Bentinho com seu amigo Escobar. Acontece que Machado faz a trama desenvolvendo aspecto psicológicos dos personagens onde o apelido Casmurro é pertinente a alguém que a vida vai amargando lentamente ao ponto de se cristalizar amarga. Nesse contexto Machado de Assis revela os dramas humanos ligados aos sentimentos e desejos como: ciúme, desejo, objeto de desejo, vingança, inveja etc. O personagem do amigo (Escobar) morre e este fato em si é o ápice da narrativa onde o autor retrata a mistura de sentimentos com relação ao morto, mas também revela os sentimentos de Bentinho com relação a desconfiança da sua amada Capitu. A dor que D.Casmurro sente é mista pois envolve a dor de perda, e entenda-se perda no sentido generalizado de seus sentimentos. A partir deste momento o ritual do enterro que é fundamental para a "aceitação" da morte enquanto perda, se torna a morte sim , porém do ego de Bentinho. As dúvidas, inseguranças, o ciúme faz que neste momento se perca a organização do ego, evidenciando o superego e o confuso id de Bentinho. [BR]Esta obra é, ao meu ver, a melhor de Machado de Assis por causa deste enfoque psicológico que dá aos personagens, com ênfase na perspectiva de Bentinho que devido ao seu processo interno se torna amargo ou D. Casmurro. Se ocorresse sob outra perspectiva talvez víssemos o proceso (de amargor quem sabe?) interno de dor, sofrimento, aprendizagem, aceitação, constituição do ego dos outros personagens, pois em quaisquer relação há trocas constantes que contribuiem para o processo seja ele de fortalecimento do ego, seja de destituição deste ou o desequílibrio entre o id e o superego. À época de Machado (muito diferente da atual) escancarava a atuação da sociedade com suas normas e leis (Superego) sobre o indivíduo. Neste sentido alguns indivíduos deixavam vir à tona seu id e, às vezes, a própria desagregação do ego.[BR]Mara Ramos, 05 de janeiro de 1998.

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