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Presença de microrganismos dos gêneros Staphylococus e Candida aderidos a máscaras faciais
(CUNHA; Ana Cláudia de Almeida Paço; ZÖLLNER; Maria Stella Amorim da Costa)

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Presença de microrganismos dos gêneros Staphylococus e Candida aderidos a máscaras faciais utilizadas em atendimento odontológico As autoras objetivam com este trabalho verificar a presença de microrganismos dos gêneros Staphylococcus e Cândida em máscaras faciais utilizadas em atendimentos clínicos odontológicos, alertando para a importância da conscientização e mudanças na conduta dos profissionais no sentido de adotarem medidas de Biossegurança como rotina. Relatam detalhadamente os materiais e métodos utilizados, trazendo resultados e discutindo-os fazendo referência à literatura específica.
Inicialmente são delineados os conceitos de Biossegurança e o protocolo de Biossegurança, enfatizando a necessidade do conhecimento de riscos e condutas de controle de infecção na prática odontológica incorporadas à rotina do consultório, que é potencialmente um foco de disseminação de infecções, como doenças virais e bacterianas.
O perigo das partículas infectadas no ambiente, disseminados pelo spray de água dos equipamentos de alta rotação é abordado juntamente com propostas de procedimentos de controle da infecção por aerossóis, como uso de máscaras descartáveis, uso do dique de borracha, uso da clorexidina em bochechos e no reservatório de água e sugadores eficientes. A prevenção e o controle de infecções cruzadas no consultório odontológico são definidos como direitos do cliente e declaração de respeito à equipe de trabalho.
A amostra do estudo constituiu-se de 31 máscaras faciais descartáveis utilizadas por alunos de odontologia da Universidade de Taubaté no atendimento a pacientes da Clínica de Dentística Restauradora por uma hora. As máscaras foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório de Microbiologia do Departamento de Biologia / UNITAU, e o material foi semeado em placas Rodak com Ágar – Sangue e Ágar Sabouraud dextrose com clorafenicol. Após incubação e crescimento das colônias, as mesmas foram contadas e feitos esfregaços, corados pelo método Gram para confirmação microscópica da presença de leveduras e cocos Gram-positivos. Foram realizados testes da catalase e coagulase para confirmação da presença de Staphylococcus spp. Foi observado o crescimento de cocos Gram-positivos em cachos catalase-positivos em placas com Ágar-sangue e nas placas com Ágar-Sabouraud dextrose com clorafenicol crescimento predominante de cocos Gram-positivos em cachos e bastonetes Gram-negativos.
Para discutir os resultados do estudo as autoras discorrem a respeito da múltipla microbiotia abrigada pela cavidade bucal e da sua potencialidade de originar o aparecimento de lesões em outros lugares do organismo ou mesmo infecções sistêmicas. A Candida albicans é a espécie predominante de levedura na microbiotia bucal de indivíduos saudáveis, ocorrendo em outras mucosas e pele. São normalmente comensais, podendo transformar-se candidose dependendo de fatores locais e sistêmicos que aumentem a predisposição a infecções fúngicas ou mesmo doença sistêmica em pacientes debilitados e imunossuprimidos. Foi constatada a ausência de leveduras nas placas que continham meio próprio para seu crescimento. Possivelmente por mecanismos próprios de aderência no epitélio bucal, foi dificultada sua inclusão nos aerossóis produzidos e consequentemente nas máscaras utilizadas pelos profissionais. Foi observado o crescimento predominante de cocos Gram-positivos nas placas que continham agente antibacteriano adicionado ao meio, demonstrando a presença de microrganismos resistentes ao clorafenicol aderidas às máscaras, reforçando a necessidade do uso do equipamento de proteção. Os Staphylococcus encontrados foram todos foram coagulase-negativos, e de acordo com a literatura são um dos maiores componentes da microbiotia normal do sistema cutâneo, porém passaram a ser identificados como causadores de uma variedade de infecções.
As autoras constatam que os resultados do estudo demonstraram a presença de organismos potencialmente virulentos aos quais os profissionais da área odontológica estão continuamente expostos por meio dos aerossóis provenientes dos equipamentos de alta rotação utilizados durante o procedimento operatório, consolidando a indispensabilidade do uso de máscaras faciais para proteção dos profissionais e dos pacientes.



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