BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
(Virgílio Vasconcelos Vilela)

Publicidade
Escreva seu resumo aqui..
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


Entender o que fiz requer saber duas coisas sobre o
funcionamento da nossa inteligência: os modelos mentais e a dinãmica da
atenção.



O primeiro fato é que não operamos diretamente
no mundo, e sim a partir das percepções que temos do mundo e o que fazemos com
essas percepções, que compõem os nossos modelos mentais. Sem modelos mentais
não poderíamos fazer nada; tente por exemplo tomar uma decisão qualquer só com
o que você percebe no presente. Mesmo se for saciar uma simples sede, você
precisa ter um modelo mental da sua casa ou do ambiente em que está e das
opções potáveis que existem. Quando não tem, sai procurando (talvez e somente
se a sede for suficientemente intensa!). Se é uma decisão de maior impacto,
como casar-se, você precisa ter um modelo mental atraente da futura
vida, ou certamente não se casará, a menos que obrigado, seja por si
mesmo ou por outras pessoas.


O outro aspecto da inteligência é a dinâmica da atenção e da
percepção. Agora o foco de sua atenção está neste escrito, mais especificamente
nesta palavra, agora nesta, agora nesta, e neste exato momento nesta... Ou
seja, sua atenção segue um fluxo no tempo. Esse fluxo pode ser mais ou menos
estruturado. Quando lê, por exemplo, sua atenção é conduzida pelo nosso padrão
de escrever de cima para baixo e da esquerda para a direita e é estruturada.
Quem está dirigindo um automóvel pode ter a atenção estruturada ou reativa. Se
o motorista segue um padrão de olhar para a frente e de vez em quando olhar os
retrovisores, seu fluxo de atenção é estruturado. Quando vê um pedestre em
situação perigosa, a tendência é concentrar a atenção nele e esquecê-lo assim
que não for mais importante, o que caracteriza direcionamento reativo da
atenção. Dirigir é uma combinação de direcionamento estruturado e reativo, como
você pode notar. Outra possibilidade para o direcionamento da atenção é a
escolha pura e simples. Por exemplo, você pode prestar atenção em qualquer
parte deste texto, a qualquer momento, nada lhe prende ou limita exceto sua
decisão de fazê-lo ou não.



A realidade via de regra proporciona muitos estímulos
visíveis, audíveis e sensíveis,
alguns dos quais podemos ignorar e outros não. A percepção de um ser
inteligente, portanto, deve se alternar um bocado no dia-a-dia. Se você ao ler
isto ouvir um barulho, sua atenção naturalmente vai se desviar
por um momento para interpretar o estímulo e avaliá-lo, porque pode ser uma
explosão ou outra ameaça ou simplesmente por curiosidade. O processamento dos estímulos
que nos chegam pode ser inconsciente, isto é,
nossa mente pode filtrar os estímulos que chegam ao consciente, só deixando chegar
a nós os importantes. Isso tem características de habilidade, é aprendida e
amadurecida, podendo ser treinada intencionalmente.



A característica dinâmica da atenção tem várias
implicações. Por exemplo, pessoas que reagem a qualquer estímulo em geral,
sem filtros de importância treinados, podem ter
dificuldades de concentração em ambientes ruidosos. Já fiz e já vi outras
pessoas saírem do foco e não perceberem: você está falando com ela e de
repente ela vê algo e faz um comentário estranho à conversa, como se
nada mais estivesse acontecendo. O nosso próprio nome é um
estímulo ao qual dificilmente deixamos de responder desviando a atenção;
também já vi um educador usar o nome da pessoa com freqüência ao
falar com ela, o que
suponho que seja uma forma de prender a atenção da pessoa.



O fluxo de atenção por si também é muito, muito importante, porque
há um bocado de coisas que acontecem no nível inconsciente, como por exemplo
sentir os pés no chão e perceber tensões no corpo, entre outras. Para verificar
isso, dê uma geral no seucorpo procurando por alguma parte tensa. Muitas
pessoas não incluem, por exemplo, a testa no seu fluxo de atenção, e nem
percebem que a franzem quando falam ou cantam. Esse fluxo da atenção é
extremamente rápido, e às vezes só notamos quando ele não acontece,
como quando estamos tão ligados em algo interessante que esquecemos
todo o resto.



Ambos, modelos mentais e atenção são processos, e por
isso não são ruins, bons nem algo entre esses extremos; são como ferramentas cuja
utilidade depende da forma como são usadas. Os dois trabalham juntos para
formar nossa percepção, como os pólos de um imâ, e isso tem várias
utilidades. É por meio deles que conseguimos, por exemplo, nos colocar no lugar
do outro e ver do ponto de vista dele, o que é chamado na PNL de posição
perceptiva. Note a combinação desses dois recursos ao assistirmos um bom
filme. “Entramos” no filme e passamos a viver dentro do modelo mental do filme.
Para conseguirmos isso, temos que deixar de prestar atenção no nosso próprio
corpo e no ambiente.



Resumos Relacionados


- InteligÊncia Emocional

- Gladiador (gladiator)

- Como Reconhecer Um Cão De Raça

- Estratégias Para Emergências Emocionais

- I Parte: Sempre Que Você Tiver Problemas Com As Vendas...



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia