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REVOLUÇÃO NA ARTE CONTEMPORÂNEA
(PEDRO PAULLO)

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"A Arte por si só não se basta e para que ultrapasse fronteiras e seja imortal deverá estar ancorada nas revoluções do seu tempo". Tudo começou em 1912. A elite cultural paulista praticamente era o centro do pensamento de todo o Brasil e a literatura brasileira era dominada por um parnasianismo poético e ultrapassado. Foi quando Oswaldo de Andrade surgiu com as novidades culturais que conhecera na Europa, muito diferente da linguagem dominante aqui na terra de Cabral. Pouca foi a receptividade às idéias revolucionárias que ele trazia. Contudo, pequenos grupos de jovens artistas assimilaram as novidades. A partir daí, houve uma acomadação dos jovens intelectuais, ditos futuristas. Em 1917, contudo, um fato veio despertar a atenção tanto dos reacionários, quanto dos vanguardistas: Anita Malfatti, recém-chegada da Europa, promove uma exposição de quadros em São Paulo. Sua pintura espanta o público e os críticos. Os críticos preferem, inicialmente, o silêncio e os afixionados em arte adquirem seus quadros que mostravam uma arte diferente, vanguardista. Monteiro Lobato, no entanto, resolve lançar uma dura crítica no Jornal O Estado de São Paulo, onde ele acusa, de forma contundente, todos os artistas modernos:(...) embora eles se dêem como novos, precussores de uma arte a vir, nada é mais velho do que uma arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranóia e a mistificação...Essas considerações são provocadas pela exposição da Senhora Malfatti... A elite paulista, dona do poder e do dinheiro, quando leu essas considerações de Monteiro Lobato, reagiu de forma negativa à artista com insultos, sua mostra fechada e quadros devolvidos. Mas os jovens futuristas, até então adormecidos, quase desaparecidos, aproveitam aquele momento e, como Fênix, resurgem com uma meta definida: acabar com o Parnasianismo poético. Quatro livros surgem e causam, ainda que timidamente, um certo furor nos meios literários, mesmo ainda tendo resquícios do parnasianismo: Há uma gota de sangue em cada poema , de Mário de Andrade; Nós , de Guilherme de Almeida; Cinzas das Horas , de Manoel Bandeira; e Juca Mulato , de Menotti del Picchia. Já em 1920, surge as esculturas de Brecheret que, marcadas pela modernidade, serão a bandeira de um movimento que estava sendo germinado entre os novos e jovens intelectuais: A Semana de Arte Moderna. Brecheret teve um seu trabalho, o Monumento às Bandeiras, recusado. Só que anos depois esse monumento seria eregido, tornando-se um marco de São Paulo e do Brasil. Foi aí que os modernistas se apegaram e fortaleceram seu movimento e, em 1922, realizaram em São Paulo a Semana de Arte Moderna, que revolucionou toda a estética, todo o conteúdo, toda a essência da arte em nosso país. A nova ou mesma a velha elite paulista e brasileira, por consequência, assimilou aqueles revolucionários que faziam duras críticas ao Parnasianismo que ainda era do gosto do público. A principal idéia daqueles artistas era: A estabilização de uma idéia criadora nacional, preocupada em expressar a realidade brasileira; atualização intelectual; e o direito de pequisa e criação estética. Já espalhada pelo Brasil a revolução aniquilou os retrógrados e, no ano de 1933, Mario de Andrade no prefácio do seu livro Serafim Ponte Grande, diz: "A situação revolucionária desta bosta mental sul-americana apresentava-se assim: o contrário do burguês não era o proletário - era o boêmio! As massas, no território e como hoje, sob completa devassidão econômica dos políticos e dos ricos. Os intelectuais brincando de roda". Bem, o que eu quiz dizer com tudo isso? Que, talvez, estejamos precisando de um novo movimento intelectual no Brasil, uma revolução na arte, pois estamos engolindo demasiadamente bosta mental através de iconoclastas cognatos. Tenho percebido que nos meios artísticos nacionais os valores estão invertidos, com a mídia valorizando pseudo-artistas, anticultura e destruindo nossa juventude com um monte de merda que vaza pelas telas das televisões, dos cumputadores, máquinas de vídeos games e cinemas. Penso que a ditadura militar massacrou muitos valores nesse país e ainda não conseguimos trazer à tona uma identidade plena, pois toda nossa cultura ainda está impregnada pelas porcarias que vêm dos Estados Unidos. Contudo, nunca é tarde. Podemos, se quizermos, dar um basta, levantar uma bandeira e mostrar ao nosso povo, uma arte de qualidade e verdadeira.Pedro Paullo



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