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História Social da Criança Abandonada
(Maria Luiza Marcílio)

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MARCÍLIO, M.L.História Social da Criança Abandonada. São Paulo:Hucitec, 1998.
O livro Historia Social da Criança Abandonada, de Maria Luiza Marcílio, apresenta uma retrospectiva histórica sobre a questão das crianças vítimas de abandono. O livro está dividido em três partes sendo que a primeira parte destina-se a registrar o movimento do abandono de crianças na Europa, análise semelhante que é realizada na segunda parte do livro, onde a autora analisa esse acontecimento mas focando o cenário brasileiro. A terceira e última parte do livro, por fim, destina-se a uma conclusão sobre os aspectos relacionados a criança abandonada.
Na primeira parte então a autora descreve o abandono das crianças desde a Antiguidade na Grécia e Roma antigas, passando pela Idade Média e percorrendo esse caminho até dos séculos XI ao XVII. Precisando que o abandono de crianças é uma prática antiga e difundida por toda a Europa, desde a Antiguidade, Marcilio assevera que essa prática sempre foi aceita pela sociedade, pelo Estado e até pela Igreja. Somente durante meados do século XVII e início do século XVIII é que o abandono de crianças passou a ser um prática condenada. Isso se deu porque criança abandonada, por vezes confiada a Rodas dos Expostos e por vezes confiada as amas de leite, morriam aos montes. As Rodas dos Expostos eram instituições que recebiam as crianças vitimas de abandono e amas eram mulheres que eram pagas para amamentar essas crianças. Os maus cuidados e a indiferença com relação a infância faziam com que grande parte delas morressem. Quando isso representou para o Estado um risco, já que não haveria mão-de-obra para a indústria nem força para o Exército é que o abandono passou a ser recriminado, resultando inclusive no fechamento dessas instituições.
No Brasil, o processo foi semelhante ao ocorrido na Europa e a autora destina a segunda parte do livro para proceder essa análise. Também aqui houve as Rodas dos Expostos e também aqui houve as amas de leite e, também nesse país, houve a destituição dessa forma de administrar o abandono por conta da necessidade do sistema capitalista que se instalava de homens para a fábrica e do Estado de homens para o exército.
Em ambos os cenários, a autora destaca a importância da Medicina e do Setor Jurídico de forma a coibir a amamentação das amas e proporcionar o fechamento das instituições.
A última parte da obra, subtitulada como Criança Abandonada, Marcílio aponta as causas do abandono que seriam a pobreza, os filhos ilegítimos, a morte dos pais e até mesmo a crença em uma educação melhor para a criança; caracteriza o bebê abandonado e ainda conclui com aspectos da vida cotidiana das crianças expostas. A autora destaca assim que , as crianças que sobreviviam nessas instituições, que eram poucas a partir do século XIX e XX passaram a ser preparadas para o trabalha, havendo no entanto uma distinção em relação as meninas que eram preparadas para o casamento.
È uma obra relevante que recupera aspectos importantes da infância desvalida tanto no cenário europeu quanto no cenário brasileiro. Recoloca a importância do sistema capitalista na forma de compreensão do abandono, da família e da criança. Por isso, essa obra tem tornado-se referência em concursos e no meio acadêmico.



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