Câncer de Mama
(Thais)
O câncer de mama é a patologia maligna mais freqüente nos países desenvolvidos, uma em cada nove mulheres desenvolve câncer de mama durante a vida e cerca de um terço destas sucumbe à doença.
É uma doença complexa, pois varia de formas de evolução lenta às formas rapidamente progressivas, dependendo do tempo de duplicação celular, por isso é importante um diagnóstico precoce na tentativa de evitar uma disseminação das células malignas melhorando assim seu prognóstico.
É a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. No Brasil é a primeira ou a segunda mais freqüente, dependendo da região. Na região sudeste, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres (71/100.000); na região sul (69/100.000); na região centro-oeste (38/100.000); na região nordeste (27/100.000) e na região norte (15/100.000). Deve ser considerada como média estimada nacional em 2006 de 52 casos a cada 100 mil mulheres.
A incidência de câncer de mama é muito baixa aos vinte e oito anos de idade, aumentando gradualmente e chegando a um pico à idade de quarenta e cinco anos, aumentando dramaticamente depois dos cinqüenta anos. São diagnosticados cinqüenta por cento de câncer de mama em mulheres com mais de sessenta e cinco anos indicando a necessidade contínua de uma revisão anual ao longo da vida de uma mulher.
O câncer de mama é frequentemente encontrado nos seguintes grupos: mulheres com idade avançada; nulíparas; mulheres com menopausa tardia; mulheres com menarca precoce; obesas; mulheres com história prévia de câncer mamário, ovariano ou endometrial; mulheres com doença fibrocística; mulheres com história de câncer mamário na família; mulheres que tem seu primeiro filho depois dos trinta anos de idade; e mulheres que utilizam anticoncepcionais orais com elevado teor de progesterona.
Cerca de cinqüenta por cento dos casos de câncer de mama surgem no quadrante superior externo, dez porcento em cada um dos quadrantes restantes e vinte porcento na região central ou subareolar e são classificados em in situ ou não invasivos e em infiltrantes ou invasivos.
O Carcinoma in situ é aquele encontrado quando amostras de tecido apresentam células com aparência de células cancerosas, mas que não tenham ultrapassado a junção de tecido epitelial e conjuntivo para instalar-se no interior do estroma.
Os Carcinomas infiltrantes podem ser considerados como carcinoma ductal infiltrante ou misturado com tipos específicos de carcinoma morfológico; 40 a 60 por cento das mamas cancerosas contêm múltiplos focos de carcinoma in situ dentro da estrutura epitelial terminal e esta permanece como sendo o mais provável lugar de aparecimento do adenocarcinoma da mama. Células que exibem extremo desvio histopatológico dos seus tecidos normais são muitas vezes associadas com comportamentos clínicos agressivos.
O estadiamento é a avaliação da extensão anatômica da doença e dos órgãos acometidos. O estádio da doença na ocasião do diagnóstico pode refletir a taxa de crescimento e extensão da neoplasia, como também o tipo de tumor e a relação tumor-hospedeiro.
A classificação atualmente utilizada é a classificação TNM, onde T é a dimensão do tumor primário, N a presença ou ausência de metástase para linfonodos regionais e M a presença ou ausência de metástases à distância. Duas classificações são descritas para cada local anatômico e estas têm como objetivo auxiliar o planejamento terapêutico, oferecer subsídios para o prognóstico, permitir avaliação dos resultados do tratamento, proporcionar intercâmbio de informações entre diferentes centros, e fornecer elementos para a continuidade das pesquisas clínicas ligadas ao câncer mamário.
Esta doença é considerada heterogenia, o que significa que é uma doença diferente em mulheres diferentes, uma doença diferente em faixas etárias diferentes e que tem populações de risco diferentes para o mesmo tumor, apesar disto, é frequentemente descoberta precocemente graças ao auto-exame da mama e à realização periódica da mamografia.
O Auto-exame das mamas deve ser praticado mensalmente a partir de dezoito anos de idade no sétimo dia após o início da última menstruação e, se não tiver mais menstruação deve ser feito na mesma data todos os meses. Primeiramente deve ser feita a observação das mamas diante do espelho, elevando e abaixando os braços, observando se há alguma anormalidade na pele, alterações do formato, assimetrias, abaulamentos, retrações ou sangue nos mamilos.
Após a observação, deve-se continuar o auto-exame fazendo a palpação em várias direções do quadrante súpero lateral ou súpero externo, do quadrante súpero medial ou súpero interno, do quadrante ínfero medial ou ínfero interno e do quadrante ínfero lateral ou ínfero externo; deve-se também fazer a expressão do mamilo e a palpação da axila.
Resumos Relacionados
- Câncer De Mama Em Homens
- Artigo
- Enciclopedia Da Saude
- Informações Sobre O Câncer De Mama
- Câncer De Mama
|
|