Tratamento do Cancer de Mama
(Thais)
As condutas terapêuticas para o tratamento do câncer são diversas; contudo, as cirurgias prevalecem, e a técnica escolhida depende da gravidade do quadro, podendo ser conservadora, parcial ou radical. A radioterapia, a quimioterapia e a hormonioterapia poderão ser procedimentos coadjuvantes da cirurgia, ou utilizados apenas em casos isolados.
A cirurgia no câncer de mama tem por objetivo promover o controle local com a remoção mecânica de todas as células malignas presentes junto ao câncer primário; proporcionar maior sobrevida ao paciente; orientar a terapia sistêmica; definir o estadiamento cirúrgico da doença; e identificar o grupo de maior risco de metástase à distância. A opção cirúrgica será determinada por fatores como: tipo histológico, tamanho do tumor, idade da paciente, experiência e preferência do cirurgião e protocolo de tratamento instituído por cada serviço.
As cirurgias do tipo conservadoras são: a Tumorectomia, remoção do tumor sem margens do tecido circunjacente, não incluindo a aponeurose subjacente do grande peitoral ou pele, sendo indicada em tumores de até 1,0 centímetros de diâmetro; a Quadrantectomia ou Segmentectomia ou Ressecção Segmentar, remoção de um quadrante (lobo) ou segmento da glândula mamária onde está localizado o tumor maligno com margens cirúrgicas de tecido normal de 2,0 a 2,5 centímetros. Mesmo nas cirurgias conservadoras pode haver complicações como: seromas, infecção, hematoma, necrose parcial do retalho e sufusão hemorrágica.
Já as cirurgias não conservadoras ou radicais são: a Mastectomia Radical de Halsted, onde a mama, papila, complexo areolar e os músculos peitorais (maior e menor) subjacentes são sacrificados e também faz-se a linfadenectomia axilar e frequentemente necessita de enxerto cutâneo, é indicada em infiltração extensa da musculatura peitoral em câncer localmente avançado para que haja a citoredução; a Mastectomia Radial Modificada, extirpação da mama e esvaziamento radical, porém, o músculo peitoral maior é preservado e o músculo peitoral menor pode ou não ser preservado, é indicada em tumores com mais de 3,0 centímetros de diâmetro e não fixados na musculatura, possibilitando assim a realização da reconstrução mamária; a Mastectomia Radical Modificada Tipo Pattey, acontece a remoção de glândula mamária, músculo peitoral menor e esvaziamento axilar; e a Mastectomia Radical Modificada Tipo Madden, remoção de glândula mamária, aponeurose anterior e posterior do músculo peitoral maior e esvaziamento axilar, mas os músculos peitorais são preservados, o que facilita a colocação de prótese de silicone, é indicada em tumores de até 3,0 centímetros com axila livre, mas inelegível ao tratamento conservador.
A Mastectomia Ultra Radical ou Ampliada é semelhante à mastectomia radical, mas com esvaziamento das glândulas mamárias internas, leia-se linfonodos paresternais ou torácicos internos, não sendo mais utilizada por ser muito agressiva.
No tratamento do câncer, existem também técnicas sistêmicas como a quimioterapia, substâncias citotóxicas que destroem as células com câncer evitando o aparecimento de metástases, mas que apresenta como efeitos colaterais náuseas, vômitos e queda de cabelo; a hormonioterapia, droga com propriedade anti-estrogênica ou substâncias inibidoras da enzima aromatase que atuam melhor em mulheres que tenham tumores após a menopausa; e a radioterapia que se beneficiam da capacidade de penetração da radiação criada pelo bombardeamento de elétrons acelerados, ou raios gama emitidos pelo radium ou outro material radioativo em um alvo, reduzindo ou eliminando o tumor, a radioterapia pode apresentar queimaduras da pele sobre a qual foi aplicada.
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