O profundo Silêncio das manhãs de Domingo
(Manuel Jorge Marmelo)
Dir-se-ia que o autor só pode ser do Porto. Fica-lhe bem.
Como Cesário, escreve a cores, contrariando o preto e branco com que borraram a sua cidade, invariavelmente presente na sua escrita. Talvez abuse da sépia, mas é um estilo, estão lá os azuis e amarelos escondidos entre sorrisos e gestos que deixam o estaticismo fotográfico e ganham cinética enquanto as palavras são cuspidas por ondas frias que não entram no Douro.
Manuel Jorge Marmelo não transpõe a profissão de jornalista para a sua prosa. Fica-lhe bem. Resiste imunologicamente a uma infecção literária que lhe tiraria a liberdade mental. É mais um escritor que contraria a ideia que só se deve publicar depois dos quarenta. Fica-lhe bem.
É impressionante a vastidão da obra e os prémios já alcançados.
Ficam-lhe bem.
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