Cemitério dos Barcos sem Nome
(Arturo Pérez-Reverte)
Um solitário marinheiro sem barco espreita os contornos da sua memória a boiar no espelho de água junto ao cais e nas constelações por onde exercita os seus largos conhecimentos náuticos. A personagem cresce à medida de quem a ficcionou, na mesma proporção entre a juventude do aventureiro Coy e a maturidade do escritor Arturo Pérez-Reverte. O desejo de se livrar dos temporais em terra e de se reencontrar com as bonanças no mar alto, levam-no a aceitar um desafio que permanece muito para além do tesouro escondido nos porões do Dei Gloria, um bergantim espanhol afundado há mais de duzentos anos: o canto da sereia Tânger infiltra-se nos ouvidos e abalroa o coração de Coy, na mesma proporção do mistério da mulher que lhe levou as coordenadas de um raro mapa do Mediterrâneo. Mais do que comandar essa procura ao longo das costas de Cartagena, Coy tenta encontrar a latitude e longitude de questões mais profundas como a mulher, o amor, a solidão. Tânger traça o plano, comenta, seduz, mas não dá respostas ao experiente marinheiro, fazendo aumentar o caudal desses enigmas na vida de Coy. Ele, mais inocente e curioso, é apenas o homem que assiste à personificação genética da mulher perigosa, lúcida, implacável e persistente que é Tânger. Entre muitos silêncios, ela leva-o a ultrapassar todos os seus limites e conhecimentos, seja em terra ou no mar. O verdadeiro tesouro do Cemitério dos Barcos Sem Nome , vem à superfície num misto de romance, aventura, acção e humor. Afinal, dos melhores ingredientes da vida.
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