Família e Escola
(GEMA)
ESCOLA E FAMÍLIA Diz a Constituição Brasileira no seu artigo 205: “A educação, direito de todos e dever do Estado e Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Para exercer plenamente esse dever constitucional é recomendável que escola e família se tornem parceiros na difícil missão de formar cidadãos que a sociedade espera e precisa ter para alcançar o progresso, paz e bem estar social. Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos.Quando a criança vai para a escola já experimentou cerca de quatro anos de convívio essencialmente familiar.Vale lembrar que até essa idade ela já terá apreendido a base de sua educação futura, pois segundo os mais conceituados educadores o caráter de um cidadão é forjado no seio da família através dos exemplos e ensinamentos que os adultos passam para a criança nos três primeiros anos de vida.Quanto mais sólida for essa base, melhores serão as perspectivas de sucesso.A escola irá agregar a essa base, novas experiências, novos exemplos, novos ensinamentos e assim a parceria escola/família irá consolidar um processo cujo resultado dependerá diretamente do grau de envolvimento das partes interessadas. Infelizmente, muitos pais têm um conceito equivocado sobre o papel da escola e pensam que colocar o filho num bom colégio é tudo que precisam fazer para garantir-lhes um futuro brilhante.Puro engano.Até por uma questão matemática: o dia tem 24 horas; a criança fica na escola cerca de 4 horas ou pouco mais, de segunda a sexta feira; ou seja, mais ou menos 200 dias letivos de 4 horas, representam, em números absolutos, pouco mais de um mês de aulas por ano. Pergunta-se: “O que os pais estão fazendo com seus filhos nesse tempo restante? Como crianças e adolescentes estão ocupando o tempo em que não estão na escola? Esta pergunta precisa de uma resposta urgente”. Por mais simples que seja a escola, ela dispõe de um mínimo de organização para seu funcionamento: um calendário, um corpo docente habilitado, administração idem, quadro de horário, grade curricular, regimento interno, etc. Enfim, a escola é uma instituição organizada.Será que todas as famílias o são? Poderá a escola, no pouco tempo que tem a guarda do aluno, passar para ele, além dos conhecimentos básicos que a legislação determina, também os valores essenciais que a sociedade cobra dos seus cidadãos? Infelizmente muitas famílias ainda não sabem ou até se recusam a administrar o tempo em que os filhos ficam em casa; não conseguem impor limites, estabelecer rotinas mínimas de estudo, deveres de casa, regras de convivência doméstica e social, cuidados com a alimentação e higiene, uso do computador e programas de tv, diversão fora de casa, enfim, muitos pais já perderam o “fio da meada” e não tem mais nenhum domínio sobre os filhos, até mesmo os menores. Os pequenos tiranos decidem aquilo que querem fazer, e, quando contrariados reagem agressivamente com palavras desrespeitosas e ofensivas.Esse comportamento é hoje mais comum do que podemos imaginar. Muitos pais entregam os pontos.Desistem da tarefa simplesmente por não conseguirem achar uma saída. Quando a família tem recursos busca ajuda de psicólogos, terapeutas, numa tentativa de salvação.Quando não tem, apela para a escola confessando sua incapacidade para solucionar o problema esperando por um milagre antes que o filho se torne um marginal se ele ainda não o for. Iniciativas existem na busca de soluções, e todas apontam para um trabalho conjunta escola/família.As próximas gerações vão lucrar com isso.
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