O Homem na Hora "H"
(Leda Flora)
Leda Flora, jornalista, escreve a obra “O homem na hora H” , editado pela L&PM, em 1995, livro constituído de 126 páginas contidas de puro relatos femininos a favor da impotência masculina, sem figuras, sem identificações pessoais. Jornalista dedicada “de corpo e alma”, a autora já foi atleta, cantora, empresária, líder feminista e militante da resistência contra a ditadura. Repórter de sensibilidade invulgar, acompanhou as peripécias do Dr. Ulysses como anticandidato do país, investigava as mordomias que Brasília concedia aos seus altos funcionários, na Revista Veja fez um jornalismo denso, malicioso e real. O livro é uma crônica que relata 75 histórias do “Macho quando fracassa”, privilegiada de um humor sarcástico, com utilização de palavras de baixo calão, liberal, onde o homem é o sexo frágil. Leda Flora procura na obra, identificar diversas Situações Broxantes que ela chama de SB, onde o homem sempre era o culpado por não funcionar, o que gerava frustração nas 50 entrevistadas, suas amantes. Esta obra foi destinada principalmente para as mulheres de todas as classes, entre jovens e adultas. A obra relata uma verdade que assombra o mundo masculino, a impotência, o não desenvolvimento sexual, o insucesso perante o sexo feminino, a situação broxante. Conta histórias de homens lindos capazes de seduzir quaisquer mulher, que promete, que idealiza determinada situação, que faz a mulher sonhar, criar fantasias, mas que na hora do vamo vê, nada. Conta situações engraçadas onde as “broxadas” surgem decorrentes de vários motivos: Homens que brincaram com os desejos femininos, que armaram convites indiscretos esperando um não como resposta, e de repente receberam um sim o que provocou espanto, consequentemente na hora H, nada; Homens que envolveram a mulher, tiraram sarro, as deixaram loucas, mas que na hora da penetração perderam a virilidade; Homens que diante da situação broxante, choraram, se desculparam, que disseram: “isso nunca aconteceu comigo”, outros que não estiveram nem aí, broxaram e depois dormiram, viraram de lado, e no dia seguinte foi como se nada tivesse acontecido; Homens que perseguiram, levaram foras mas insistiram, atacaram e quando conquistaram, broxaram; Homens que utilizaram drogas, bebidas alcoólicas, o que atrapalhou em seus desenvolvimentos sexuais perante as mulheres; Homens que atraíram as mulheres, mas na verdade homossexuais, gostavam de manipulações anal; e diversas outras situações. Na obra de Leda Flora, se identifica com perfeição as peculiaridades da sexualidade humana, entre algumas, parafilias como: exibicionismo, voyeurismo, fetichismo, chamadas telefônicas obscenas, esfregação. Observa-se ainda: traições matrimoniais tanto por parte masculina quanto por parte feminina, swing, tudo com um bom humor mas com final triste. O Homem na Hora H, é um livro agressivo, que de certa maneira humilha o homem, o rebaixa. Ela coloca o homem, através das histórias coletadas das suas 49 frustradas sexuais, como sexo frágil. De certa forma ela conseguiu divertir o leitor mas ao mesmo tempo revoltá-lo. Só se preocupou em acusar o homem dos desastres sexuais, mas em nenhum momento mostra a mulher como causadora, ou seja, ela conseguiu inverter todauma situação à partir somente do ponto de vista feminino. A meu ver o estímulo sexual deve partir do casal como um único ser, e não de um ou de outro, ser egoísta, que procura seu próprio orgasmo. Nesta obra, a maioria das mulheres só pensaram em si, em seu orgasmo. Apenas uma das mulheres entrevistadas julguei inteligente, que disse que “a mulher deve ser cúmplice do homem. Não deve competir, o que é horrível. Sexo hoje entrou numa fase de competição. E ambos os lados perdem muito com isso”.
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