Resumo de Mulheres Gastam mais Tempo em Tarefas Urgentes que os Homens

Tempo se tornou artigo de luxo para todos. Mas parece que as mulheres sofrem mais com a falta dele. Isso porque, além do papel de profissional, ainda têm o de mãe, dona de casa e esposa. O homem também é pai, marido e deveria assumir atribuições domésticas, já que a mulher também passa o dia inteiro fora de casa. Seja por habilidade natural, por impaciência ou mesmo por falta de solidariedade do marido, o fato é que, certas coisas, como a administração do lar, por exemplo, sobram sempre para a mulher.
Claudia Vaz, diretora Comercial da Orcimed, e Luciana Waetge, gerente de Vendas e Marketing para América do Sul da divisão Qualicon da Dupont concordam com isso. As duas são executivas, casadas e têm um trabalho que lhes exige viajar. Claudia tem uma filha de cinco anos e Luciana ainda não é mãe. Mas ambas enfrentam diariamente o mesmo desafio de atender à própria exigência de dar conta de todas as atividades relacionadas aos seus papéis. Não é uma questão de ter mais papéis a desempenhar, mas de se preocupar mais com o seu desempenho em cada um deles. Essa é a visão do especialista em administração do tempo Christian Barbosa, as atividades podem ser classificadas de três formas: importantes, urgentes e circunstanciais. "Importante é tudo aquilo que tem tempo para ser feito. São ocupações que trazem sensação de realização, prazer e bem-estar", diz.
Urgentes seriam as tarefas realizadas com pressa, porque o tempo é curto ou já estourou. O circunstancial inclui aquelas atividades que consomem tempo à toa, ou seja, ir obrigado a festas apenas para ser sociável, limpar caixa de e-mails cheia de spams ou levar meia hora num cafezinho que normalmente duraria cinco minutos.
"O homem gasta muito mais tempo com atividades sem importância, como conversas intermediárias, atividades excessivas ou participação em eventos irrelevantes", comenta Barbosa. De acordo com o levantamento, as mulheres dedicam 31% de seu tempo a atividades que consideram importante, 44% em urgências e 25% em eventos circunstanciais. Enquanto os homens ocupam 28% do tempo com coisas importantes, 37% com urgências e 35% com eventos circunstanciais. No modelo ideal, a esfera da importância tem maior porcentagem e as demais são menores – algo próximo de 70% de importância, 25% de urgência e 5% de circunstância.
"Mas é impossível suprir as urgências da vida. A circunstâncias também são difíceis de se eliminar totalmente. Não podemos nos transformar em robôs, passar a dizer ''não'' a tudo e a fazer apenas o que planejamos. É preciso ter flexibilidade". "O desafio de administrar bem o tempo é a capacidade de basear sua vida nas coisas mais importantes e de tirar das urgências e das circunstâncias o poder de influenciar sua rotina. O negócio é se planejar. De acordo com Barbosa, 65% das mulheres que planejam seu dia-a-dia conseguem reduzir suas urgências em, no mínimo, 45% e, no máximo, 83%. "Ter metade ou até um terço das urgências atuais não é um sonho, mas apenas o fruto de um processo posto em prática como um hábito diário".
É muito comum a atitude de adiar as coisas importantes e só dar atenção a elas quando já se transformaram em urgências, como a revisão do carro que é adiada até que fique parada na rua e atrase todos os seus compromissos e tarefas. Uma maneira de simplificar o dia-a-dia e conseguir se focar realmente no que é importante é diminuir o número de atribuições. "Quantos papéis você desempenha? Sua lista ultrapassa seis papéis? Quanto mais papéis tiver, menos tempo haverá para se dividir entre eles. Às vezes é melhor excluir alguns papéis em determinado momento da vida, do que sentir culpa por não ter tempo para se dedicar a eles".

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