O Peixe
(Davino R.de Sena)
A jangada avança sobre as ondasde um mar profundo e cambiante.Atravessa um cardume as águas clarasdo sonho onde navega o estudante."Vibra ao léu a flor.Sombra, véu, vapor.A Espera. O Céu. O Amor."O peixe que ele vê tão sutilmentedeslizar colorido em seu quartodiz palavras, voando docementee docemente espalhando o cansaço.É quando se retira a rede do mar,E brilha o sol fazendo os peixesrevirar na rede até o cansaço cessar.Eis que chega a madrugada,beirando mesmo o amanhecer.Pescadores cuidam de barcos,empurrando até depois do quebra-ondasLá vão felizes, cantando, esperandoo melhor momento de a rede lançare no vai-vem das marolas,esperam a onda transpor.Lá sim, já distante lançam a redeJá é hora de voltar, então...O barco torna-se muito pesado,arrastando e voltando novamente,deixando-se levar com as marolase finalmente na areia ficar,bela pescaria, muitos peixes,aqueles que muito cansaço estãomas que revirando na rede, vão lentamente se acalmando ecertamente não voltarão a nadar!!!
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