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Lições do príncipe e outras lições
(Dorisvan Lira)

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Resenha: Lições do Príncipe e outras lições



RODRIGUES, Neidson. Lições do Príncipe e outras lições. 18 ed.
São Paulo: Cortez, 1999.

O
livro lições do príncipe e outras lições apresenta em sua terceira parte o
tema: Desafios aos educadores, e
busca falar sobre a função política e social da escola desmascarando os
vínculos que existem entre a educação e as relações sociais existentes,
mostrando que ela não está imune a interesses de grupos ou de classes sociais,
porque a escola propaga a ideologia de grupos dominantes.

Diante
dessa realidade é colocado um desafio “o que deve fazer e como deve fazer a
escola para se tornar um instrumento eficiente de luta pela mudança social”

Para
o autor somente o fato de instrumentalizar as classes marginalizadas será um
fato político e social importante, porém não podemos esquecer que enquanto a
voz, os valores culturais e pessoais não encontrarem espaço na escola será,
impossível imperar a hegemonia ideológica das classes dominantes.

Sabendo
que a educação em geral está muito mais comprometida em reproduzir o modo de
ser e a concepção de mundo, de pessoas, de grupos e classes, mediatizados pela
autoridade pedagógica do educador.

E
este saber passado pelas escolas servirá no final somente a um grupo, que
converterá este saber num instrumento de poder. São deste grupo alguns dos
muitos intelectuais que julgam o que é importante para eles e para os outros.
Esta condição revela uma educação escolar, longe de servir a equalização de
oportunidades ou de democratização e competências para vida social e política.
Mas que já sentem as necessidades de transformação, mesmo na sociedade burguesa
moderna. Para entender quem determina os fins e objetivos da educação é
necessário conhecer o tipo de sociedade existente no Brasil de hoje. Assim
podemos claramente conhecer as razões das misérias na educação.

Outra
colocação interessante trata da escola e da mudança social. E coloca
posicionamentos que considera antagônicos, um, afirma que a escola não tem
possibilidade de ser instrumento de mudança social, e outro, afirma que é a
escola o único instrumento de mudança social. Ambas precisam entender que a escola não é o único
instrumento de mudança social. E por convergir vários interesses a escola acaba
por reproduzir o ideal burguês e ainda necessária as camadas subalternas da
sociedade. Embora interesse a classe dominante à competência da escola como
vimos, ela não serve exclusivamente a eles, é do interesse também do
proletariado por representar um instrumento de luta contra a dominação
cultural. Entendo que embora ela seja pensada pelos burgueses, está, amarrotada
de valores culturais e sociais dos trabalhadores. Por que seus filhos acabam
recebendo condições intelectuais de reproduzir outro saber.

É
fundamental que a escola ensine um saber necessário para que os alunos
desenvolvam habilidades e potencialidades pessoais e de sua classe, e isto
contribui para a transformação social desejada.

Ele
lista quatro áreas do conhecimento que considera essenciais: História, por
permitir a consciência de uma possibilidade de transformação; Geografia, deve
mostrar que o espaço geográfico, incorporado a realidade humana se humaniza;
Iniciação científica, as forças da natureza a serviço do homem e Língua que
serve como instrumento de compreensão e domínio da realidade.

Ele
dá especial atenção a questão da língua, do domínio do discurso em um momento
que se ensina cada vez mais a linguagem do silencio, por processo que podemos
compreender o empobrecimento da reflexão.




CONCLUSÃO

Esta
obra nos instiga a tomar uma nova posição, aliás como sugere o autor “devemos
retomar o já sabido”, entender que a escola é um instrumento de ação política e
social. Devemos entender que por trás de toda prática a uma teoria e este capítulo
em especial nos fez perceber as questões que estão em jogo quando se fala de
educação, são sonhos, desejos e esperanças de milhões de seres humanos, mas com
uma visão diferente, o ideal de uma educação transformadora, comprometida com a
sociedade e suas classes, principalmente os excluídos. Estar sensível as questões
do povo é um dever do educador socialmente comprometido e um dos principais
apelos que esta obra nos faz refletir.



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