Em defesa da globalizacao
(Roberta Mello)
Em defesa da globalização
Há apenas uma década, a China tinha uma renda per capita das mais baixas
do mundo, ao redor de 400 dólares. No extremo oposto, temos dezenas de países
que têm sido completamente ignorados pela globalização. Ela simplesmente não existe
na África na Central: lá não há investimentos, não há turismo, não se
manufatura produtos, não há comércio. E isso é um problema sério, pois a
globalização tem se mostrado essencial para criação de riqueza.
Quem é de esquerda diz que ela causa desigualdade, já as pessoas da
direita criticam a globalização por estimular as migrações, o que também é
verdade. Com a telecomunicação global, pessoas que vivem em vilarejos pobres do
Terceiro Mundo podem entrar em contato com outras que vivem em países ricos.
Algumas pessoas confundem isso com invasão da cultura americana, mas é um
erro, exemplo disso podemos citar a premiação do Oscar, em Hollywood. Há dois
anos, somente um dos prêmios mais importantes foi dado a alguém que nasceu nos
Estados Unidos.
Esse fenômeno também acontece nos Estados Unidos, a administração Bush
não gosta da globalização.
Outra coisa importante é saber reorientar a maneira de encarar o mundo.
Por exemplo, às vezes vemos o Brasil aliar-se à China contra os Estados Unidos
numa determinada relação comercial. Já em questões ambientais ou de direitos
humanos, pode-se dar o inverso.
Vale lembrar que as nações não duram para sempre. Elas surgem e
desaparecem o tempo todo.
O México acaba de reconquistar um terço do território americano perdido
em guerras no passado, isso aconteceu por que o México cruzou a fronteira.
Os países não vão se desfazer, mas estão adquirindo uma forma
completamente diferente à medida que as fronteiras em muitas partes do mundo se
alteram e as pessoas se deslocam.
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