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CÂNCER DE OVÁRIO - PARTE II
(Cristina Nabuco)

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Ainda é cedo para saber se a lista de sintomas conseguirá reduzir a mortalidade por câncer de ovário ou se, na outra ponta, levará a uma enxurrada de exames e cirurgias desnecessárias, avalia Jesus Paula Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da USP e chefe do grupo de Câncer Ginecológico do Hospital das Clínicas de São Paulo, "mas é um método válido enquanto não dispomos de opção melhor, como um teste para detectar o câncer de ovário em estágio mais precoce: antes que manifeste qualquer sintoma".Conheça o inimigoO termo câncer de ovário é uma espécie de guarda-chuva sob o qual se abrigam diversas doenças. A mais freqüente delas, o carcinoma de ovário, é também uma das mais agressivas: surge após a menopausa, embora comece a se desenvolver anos antes. Os tumores de células germinativas afetam sobretudo adolescentes e mulheres mais jovens. Já os de cordões sexuais e os borderline (de baixo potencial de malignidade ou limítrofes) podem surgir em qualquer idade. Os prognósticos são melhores para os borderline, que acabam curados em mais de 90% dos casos.Como se faz o diagnóstico?Pelo exame ginecológico, palpação abdominal e toque vaginal, por meio de imagens colhidas por ultra-som, se possível endovaginal, tridimensional e com doppler (que mostra o fluxo de sangue no local, o que fornece pistas para os médicos), e pelo marcador tumoral CA 125, teste sanguíneo que dosa uma proteína produzida pelo câncer. Mas, embora seja útil para acompanhamento de tumores, o marcador não é muito confiável para diagnóstico inicial, avisa Agliberto Oliveira.Cistos de ovário podem virar câncer?Felizmente não, porque uma em cada três mulheres em idade reprodutiva forma esses "sacos" cheios de líquido. Mais de 80% constituem acidentes de percurso sem maiores conseqüências, por isso recebem o nome de cistos funcionais. Contudo, nem sempre é fácil distinguir um cisto inofensivo de um tumor maligno. Certas características avistadas no ultra-som aumentam a suspeita de câncer, informa o médico Jesus Carvalho: conteúdo sólido e líquido, presença de múltiplas cavidades e formação de uma rede de vasos no local. A confirmação requer uma biópsia, isto é, uma análise microscópica de amostras do cisto.É possível fazer punção ou uma cirurgia não invasiva para coletar esse material?Na suspeita de câncer de ovário, tanto a punção (aspiração do conteúdo com agulha) quanto a cirurgia por via laparoscópica devem ser descartadas. Há perigo de disseminar as células malignas, facilitando o aparecimento de novos focos do tumor. Se os indícios forem fortes, recomenda-se uma cirurgia exploratória. Como é o tratamento?O principal é a cirurgia para remoção dos tecidos, que será mais ou menos radical conforme o tamanho e a agressividade do tumor. Leva-se também em conta a idade da paciente. Se ela não tiver filhos, procura-se preservar o outro ovário e o útero, desde que não haja risco de vida. Do contrário, pode-se congelar óvulos ou fragmentos sadios do ovário para uso futuro em fertilizações assistidas, sugere Agliberto Oliveira. O tratamento envolve, ainda, quimioterapia, emprego de fármacos contra as células tumorais. Pode ser feita após a cirurgia, antes (se a intenção é reduzir o tamanho do tumor para aplicar uma técnica mais conservadora) ou durante. A quimioterapia intra-operatória é um método experimental em que as drogas são injetadas dentro do abdome, em temperatura normal ou elevada, para destruir células malignas.Quais são os fatores de risco?Histórico pessoal de câncer de mama (os dois tumores podem se originar da mesma mutação genética) e antecedente familiar (quem apresenta casos na família pode herdar uma predisposição para a doença). Mas, atenção, apenas 10% dos tumores são de origem genética. Os demais estão relacionados à exposição a agentes tóxicos (cigarro, agrotóxicos e uso regular de talco nos genitais) e estilo de vida, como mudanças na alimentação e em especial nos hábitos reprodutivos. É bom lembrar que, no início do século 20, a mulher menstruava apenas 50 vezes na vida, porque casava cedo, tinha muitos filhos e passava longos períodos amamentando. Agora menstrua mais de 350 vezes porque retarda a gravidez, tem poucos filhos e amamenta menos. "O câncer de ovário está relacionado ao número excessivo de ovulações", explica Jesus Carvalho.



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