O Roteirista - uma fábula vulgar
(Vinícius Pinheiro)
Em "O Roteirista - uma fábula vulgar" (Editora Rocco, 180 páginas), romance de estréia de Vinícius Pinheiro, um estudante de cinema sem perspectivas é alçado a herói de sua geração de amigos por, supostamente, ter escrito o mais revolucionário e inovador roteiro da história da sétima arte.Supostamente, porque o Roteiro - assim mesmo, em maiúsculas - não passa de uma lenda difundida nos corredores da universidade, jamais desmentida pelo candidato a roteirista, que se aproveita como pode da efêmera glória.Além de equilibrar o ímpeto e a curiosidade das pessoas diante de uma obra da qual jamais escreveu uma linha – e que acaba ganhando vida própria –, Alberto Franco, personagem principal da obra, luta para manter o emprego de balconista de farmácia, que lhe garante o apertado sustento, e o casamento fragilizado. Tudo isso em meio a uma rotina explosiva que combina sexo, drogas e filosofia de bar, ao lado das piores companhias.Conter os hormônios ficou ainda mais difícil depois que o roteirista conheceu Camila, garota que não lhe sai mais da cabeça depois de uma frustrada noite de amor. Conquistá-la torna-se uma questão de honra, mas também de consciência, para Franco.O Roteirista retrata, em carne viva e com muito bom humor, as glórias e agruras de uma chamada "Geração 00", criada na frente da TV e dona de um conhecimento tão disperso quanto as imagens repassadas pelo controle remoto. Como toda fábula, esta apresenta uma moral, ainda que falsa, de que "sempre há uma escolha". Franco faz as dele e descobre que, na vida ou nas páginas de um roteiro, tudo é o que parece.
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