Resumo de Deus, Onde Estás?!!! (Carta ao montfort.org / Orlando Fedeli) 002 cont.

Quanto ao padreco mamulengo, que todos os domingos infesta de futilidades as cabeças de inocentes, meu escárnio é totaaaaal. Nesse ramo de negócios, que é o da fé, só existem dois tipos de representante comercial: o enganador e o enganado. Creio ser, o mais novo, o enganado e a raposa velha, seu par, o enganador. Quando o padre Marcelo se der conta, como o fez o padre Amaro frente às imundícies do Clero, aí sim, ou ele se revoltará ou então se atracará com alguma Amélia da vida, passando pro lado dos enganadores, e tudo se passará como nada tivesse acontecido. E vossa senhoria. de qual lado está? Ah, outra coisa: quem são vocês, católicos, para falar em difundir a falta de piedade se vós mesmos torturaram e assassinaram covardemente milhares de pessoas inocentes, simplesmente para lhes pilhar as riquezas materiais? Sem contar com a histórica omissão papal frente a Hitler, fechando os olhos às fundas e compridas valas lotadas de cadáveres humanos (inclusive crianças!). E tudo isso com o aval de Deus!!! Donde se conclui que: Vocês NÃO têm moral para tanto! No caso do garoto João Hélio, achei-o muito desdenhativo... seu laconismo denotou isso... é deveras desdenhoso e infantil quando diz: ´Certamente o senhor nem pensou que Deus poderia ter permitido a morte dessa pobre criança, talvez para impedir que ela se tornasse ímpia. Por que é melhor morrer assassinado do que ser ímpio` e ponto final! Interessante é o uso dos termos poderia e talvez ... denota uma suposição, mero ´achismo`. Parece-me que vossa senhoria não tem conhecimento de causa suficiente para contra-argumentar em defesa de Deus... simplesmente, meu caro, Deus não causou uma simples pane na ignição daquele veículo porque Ele não tem poder coisa nenhuma! Ele é fruto de uma tosca imaginação (por sinal, muito maquiavélica, diga-se de passagem). Quando tento imaginar a cena, a revolta é incomensurável: Deus, que está no céu, na terra e em toda parte, sabedor do futuro de tudo e de todos, tempos atrás abençoou a união dos pais de João Hélio. Em seguida permitiu a ovulação e fecundação daquele óvulo que doravante (segundo o Vaticano) já é um ser vivo. Durante os longos nove meses sua mãe o carregou no ventre, mimando-o, ela e o orgulhoso pai, com afagos, aquela bendita barriguinha. Veio o parto e seus riscos mas, como tudo deu certo, ´incontáveis graças a Deus` foram ditos e um único ´muito obrigado doutor` falado. Assim a criança João Hélio cresceu, sob as bênçãos de Deus (e as vacinas dos Homens). Primeiro aninho de aniversário, aquela festa! Fotos, filmagens, balões, bolo com velinha de 1 aninho, parentes e ´amiguinhos` felizes, um dia memorável sem dúvida. Provavelmente comemoraram, de uma forma ou de outra, os aniversários subseqüentes ao som de Parabéns Pra Você finalizando com um ´muitos anos de vida!`e, talvez, uma oração por mais um ano alcançado. Os pais daquela linda criança nem imaginavam que aquele seria seu último aniversário. Que, para ele, nunca mais ´bateriam os parabéns`... Neste exato momento Orlando Fedelli (e quem vos fala, agora, é o criador do personagem Zé Ímpio - isento de ironia), meus olhos se encheram de lágrimas concomitante um breve arrepio, quando me veio a imaginação o pobre menino sendo arrastado pelo asfalto aos gritos de desespero em busca da ajuda de sua mãe... seu braço direito sendo amassado, rasgado, destroçado pelo pneu traseiro do carro, sua cabeça e costas sendo raladas dolorosamente no piche áspero feito uma lixa grossa a roer-lhe a pele e ossos. A mãe gritando desvairadamente por socorro, por Deus, por tudo de mais sagrado que houvesse e... seu filhinho querido lá, já, talvez, sem vida nos primeiros metros daquele fatídico percurso.
Obs.: Leiam a continuação deste artigo no próximo

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