Matemática NO CICLO DO CARBONO
(FÁBIO VENTUROLI)
A exploração de combustíveis fósseis (carbono) que estavam ou estão armazenados há milhões de anos nessa condição, como o petróleo, por exemplo, acaba por levá-lo, ao final do ciclo produtivo à atmosfera, o que já é destaque mundial há algum tempo. A partir desse ponto surge a questão do seqüestro do carbono pelo plantio de árvores na superfície terrestre. O problema fundamental desponta no fato de que o carbono dos combustíveis fósseis (que foram explorados) está se somando ao estoque de carbono que já circula normalmente e mais rapidamente na biosfera, entre a atmosfera, o solo, a vegetação e os organismos vivos. No entanto, facilmente é notado que uma árvore completa seu ciclo de vida em 100 ou 200 anos no máximo, isso em um superestimativa otimista. Quando essa árvore morre devolve à atmosfera ou ao solo o carbono seqüestrado. Então, o carbono que estava estocado na árvore, para compensar a utilização de um carbono que esteve previamente estocado na natureza por milhões de anos, volta à natureza e entra novamente no ciclo normal existente, aumentando as concentrações na atmosfera. Observe a questão matemática! esse modelo não fecha. Basta notar que, nesses casos, ter-se-ia que manter as árvores vivas por milhões de anos, ou armazenar de outra forma o carbono por elas estocado, de modo que realmente seja equivalente ao carbono que esteve por milhares de anos estocado. Pode-se ainda, por um raciocínio simples, admitir que mais árvores poderiam então ser plantadas, o que é obvio! Mas imagine o que pode acontecer... Não haveria área útil para tal finalidade. Portanto, para que as alterações climáticas causadas pelo aumento da concentração desse gás na atmosfera sejam amenizadas, deve-se usar um modelo que considere o tempo equivalente ao que o carbono fóssil esteve armazenado (milhões de anos) nessa condição e o tempo de vida de uma árvore, responsável por estocá-lo. Vale a pena refletir!
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