Resumo de TRAGEDIA GREGA SE REPETE - Raquel Floriano correia

TRAGEDIA GREGA SE REPETE

Quem imaginava que apenas Sófocles seria capaz de fazer com que um filho, Édipo, casasse com a mãe verdadeira, Jocasta, num gênero literário milenar chamado tragédia, que ilustra a impotência humana diante do destino, não sabe o que a vida real é capaz de reservar. Fosse saída de um livro de literatura, de uma tragédia grega, a historia da menina, CO (até as iniciais são fictícias para preservar a identidade dos envolvidos) teria ares de tragédia manauense.
No dia 19 de novembro de 2006, a senhora SCB procurou o Conselho Tutelar da Zona Norte-(na Cidade Nova/Manaus-AM) para relatar que o companheiro da sua irmã CBS, HBVO, padrasto de CO tinha mantido relações sexuais com a menina, os conselheiros se viram diante de um dos casos mais complexo que por lá passara. De acordo com a denuncia, HBVO teria mantido relações sexuais com a menina quando ela tinha 10 anos. A tia da menina revelou que ela vinha sendo abusada desde os seis anos.
Da relação aos 10 anos, nasceu o menino F. hoje com 7 meses. Aos 11, CO se diz apaixonada por HBVO, que tambem é amado por CBS, a mãe da menina. Sófocles ressaltava a impotência humana diante do destino, no caso da menina CO. Sua infância foi mutilada é a tragédia maior é a incerteza de que, um dia, essa criança ainda será capaz de recuperar o gosto pela vida.
Mãe aos 11 anos, CO muito provavelmente, não tem maturidade nem para cuida do filho F. O caso da menina foi denunciado na Delegacia Especializada de Proteção a Criança é ao Adolescente. Abriu-se inquérito policial, mas o suspeito não foi julgado. Em função da revolta dos vizinhos, HBVO afastou-se da família. A mãe da criança mudou de endereço para voltar a conviver com o então marido mas, no 15 de novembro de 2007, teria agredido a própria filha, por perceber que a criança demonstrava carinho pelo padrasto.
Nesse triangulo amoroso, a vida mais destruída é a de CO, que voltou ao convívio da família em novembro de 2007. Sem que nenhuma decisão judicial tivesse sido tomada, CO morava com a mãe é com o padrasto, correndo o risco de voltar a ser abusada, inclusive com a conivência da mãe.
Tragédias como a da criança CO talvez não tenham como ser evitadas. No entanto uma ação mais eficaz é lépida do aparelho do Estado seria capaz de oferecer acolhimento é atendimento especializado a quem tiver necessidade do serviço. Tragédias como essa revela a estupidez humana.

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