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MODOS DE NARRAR. In: PARA ENTENDER O TEXTO: LEITURA E REDAÇÃO.
(PLATÃO & FIORIN)

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Na lição 16 – Modos de narrar - na obra Para entender o texto: leitura e redação, de Platão & Fiorin, o autor afirma que as frases ou os enunciados que lemos ou ouvimos chegam até nós como uma forma pronta e acabada, mas é evidente que esses enunciados não sugiram do nada: eles foram produzidos por alguém. Dessa forma, qualquer enunciado – aquilo que foi dito ou escrito – pressupõe alguém que o tenha produzido.
Com base nesses dados: a) aquilo que foi escrito ou dito por alguém chamaremos enunciado; b) o produtor de enunciado, responsável pela organização do texto, chamaremos narrador.
O narrador não se confunde com o autor do texto ou com o escritor, tanto é verdade, que o narrador pode ser um personagem, aparecendo nos próprios enunciados.
O autor é uma pessoa de carne e osso; o narrador faz parte do texto, é quem relata a partir de seu ponto de vista.
Pode até mesmo ocorrer que autor e narrador tenham visão de mundo e ideologia completamente opostas entre si. O narrador não revela necessariamente as idéias, preferências e os pontos de vista do autor.
Há dois modos básicos de narrar: ou o narrador introduz-se no discurso, produzindo-o, então em primeira pessoa, ou ausenta-se dele, criando um discurso em terceira pessoa. Narrar em terceira pessoa ou em primeira pessoa são os dois pontos de vista fundamentais do narrador.
O narrador em terceira pessoa pode assumir duas posições diante do que narra:
1) Ele conhece tudo, até os pensamentos e sentimentos dos personagens. Comenta, analisa e critica tudo. É como se pairasse acima dos acontecimentos e tudo visse. É chamado narrador onisciente (que sabe tudo).
2) O narrador também conhece os fatos, mas não invade o interior dos personagens para comentar seu comportamento, intenções e sentimentos. Essa posição cria um efeito de sentido de objetividade ou de neutralidade. É como se a história se narrasse sozinha. O narrador pode ser chamado observador.
O narrador em primeira pessoa está presente na narrativa. Pode ser o personagem principal ou um personagem secundário:
1) Quando é personagem principal, ele não tem acesso aos sentimentos, pensamentos e intenções dos outros personagens, mas pode relatar suas percepções, seus sentimentos e pensamentos. É a forma ideal de explorar o interior de um personagem. É o que ocorre em O Ateneu, de Raul Pompéia.
2) Quando o narrador é um personagem secundário, observa de dentro os acontecimentos. Viveu os fatos relatados, conta o que viu ou ouviu e até mesmo se serve de cartas ou documentos que obteve. Não consegue saber o que se passa na cabeça dos outros. Pode apenas inferir, lançar hipóteses e pode ou não comentar os acontecimentos.
O modo de narrar em primeira pessoa cria um efeito de subjetividade maior que o modo em terceira pessoa. Este produz um efeito de sentido de objetividade, pois o narrador não está envolvido com os acontecimentos.O narrador pode projetar uma imagem do leitor dentro da obra e dialogar com esse “leitor”, prevendo suas reações. Esse leitor instalado no texto não se confunde com o leitor real.



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