O Escorpião da Sexta-feira
(Charles Kiefer)
O Escorpião da Sexta-Feira
Autores: Charles Kiefer
O texto é uma descrição de duas histórias, tudo a partir da fábula do escorpião e do sapo, na qual o escritor parece ter se inspirado. O narrador conta a história do escorpião, que assassina o sapo no meio do rio, para a puta Maura, ainda na boate. Ao levá-la para casa prepara tudo para realizar seu intento. Assim conta ao leitor e à puta a história de Luísa, sua primeira vítima. Antônio apaixona-se por Luísa observando-a na igreja, ainda tem fé, embora já não seja seminarista. Segue-a e consegue que ela permita um encontro do qual nasce uma relação que dura algum tempo e permeado de diversas peripécias, inclusive a de que Luísa tinha marido. Após o primeiro encontro com Luísa, Antônio fica em estado lastimável e imagina mil coisas, inclusive a de que ela esteja inventando as coisas de sua vida passada. Para compensar ele alimenta seu escorpião predileto com uma barata viva e termina adormecendo após masturbar-se com um gozo imenso. Luísa aparece no lugar de trabalho de Antônio. Ele acaba saindo antes do término do expediente. Passeiam e acabam indo ao cinema. As conversas com Luísa giram em torno de banalidades, mas também em torno de livros filosóficos, de vinhos e descambam fácil para o lado erótico como o da potência de um homem de sessenta e três anos que põe muito garotão na poeira. Luísa queria fazer amor, Antônio desviava a atenção. Fazia amor com ela e tinha todo seu corpo, porém não sua alma, que devia pertencer a outro. Luísa é cada vez mais freqüente nas suas visitas e na maior parte das vezes perde seu tempo olhando as luzes da cidade. Para aproveitar um pouco mais suas vindas solicita que Antônio conte obscenidades: histórias escatológicas, grotescas sendo ele o protagonista. Por não tê-las vivido as inventa, primeiro suaves, edificantes, depois mais loucas até uma escabrosa pornografia. Era mais a palavra do que as carícias e beijos que excitavam Luísa e a ele também. Quando convida Luísa a um passeio num sítio de Ricardo, colega de trabalho, ela reluta de medo de mosquitos. Mesmo assim vão até lá no Chevette vermelho ano 94. Por ter de passar em estrada de chão acontecem incidentes hilariantes como a de Luísa ameçar jogar-se do carro em movimento.Luísa consegue fazer coisas como andar a cavalo no sítio. Outras coisas curiosas acontecem e Luísa inclusive se fresqueia para o irmão de Ricardo, Depois encontram um escorpião que Antônio salva de ser assassinado, acondicionando-o numa caixa de sapatos pra levá-lo a Porto Alegre. Na volta a Porto Alegre Antônio remói cada vez mais seu ciúme despertado por Luísa ao se languidar em torno do irmão de Ricardo. No auge do desespero ele pára o carro e a come no banco de trás, à força. No início ele luta com ele, depois se entrega e goza muito. Antônio compra um aquário que Luísa ajuda escolher para o escorpião. Depois ela vem morar com ele. Vivem semanas de plena alegria, depois tudo vira uma mesmice e um dia Luísa havia sumido depois de assassinar Ghandhi. Antônio consegue outro escorpião importado. Um dia Luísa volta. Ele a leva às escondidas até a Cúria. Sutilmente o autor sugere que Luísa é drogada. Então ele prepara tudo, compra areia, cimento e até flores que Luísa vê entre curiosa e espantada. Ainda pede-lhe para que fuja, todavia, ela nada entende. O final é descrito com certa sutileza sugestiva mostrando que o escorpião assassino que fere a vagina de Luísa. Ele enterra o corpo na tumba e a lacracom cimento. Conta tudo isso a Maura que imagina ser uma história fantástica inventada. Faz o mesmo com Maura contando as cenas com certo requinte e muita habilidade.
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