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ÉTICA E PODER
(CONCEIÇÃO NEVES GMEINER)

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Em Ética e Poder a professora Conceição Gmeiner faz uma viagem no tempo em busca das raizes da política contemporânea. Transportando-nos para a Grecia antiga (Atenas), onde Platão que era discipulo de Sócrates e influenciado pelas idéias do mestre deixou uma grande obra registrando os pensamentos da época. Platão considerava que um bom governante deveria ser filósofo e que um filósofo se tornaria um bom governante. A filosofia política se faz necessária ao interesse comum porque é o que fundamenta a crença do homem no governante que trará as diretrizes daquilo que será bom para todos.
Politica deriva de pólis. Pólis era o antigo modelo das cidades gregas. Vemos então que a política moderna é arraigada em pensamentos platônicos.
Justiça e virtude caminhavam juntas neste tipo de Estado. A palavra estava com o chefe do Estado que debatia com cidadãos em praça pública as questões que diziam respeito a cidade. Todos os homens, cidadãos participavam fazendo assim com que houvesse uma isonomia. A partir deste ponto considera-se que a educação se fazia necessária para manter a ordem, porém a mesma era um privilégio de poucos. Se por um lado a educação era capaz de ajudar a manter a ordem na pólis, por outro lado poderia também destruí-la porque os procedimentos políticos e jurídicos passam a ser insuficientes para manter a ordem. A educação anula o domínio entre os homens e não é interessante aos que estão em detrimento do poder permitir um sistema de educação que venha um dia de encontro aos interesses políticos. Hoje em dia quem tem a posse da palavra é que está com o poder em suas mãos, e na verdade o poder passa a ser de persuasão porque se encontra detido nas mãos de uma minória que tem interesses pessoais envolvidos na vida pública e não pensam mais no bem comum a todos. A palavra passou a ser uma arma nas mãos daqueles que anseiam por poder, são discursos demagogos sem transparência, tornando-se um discurso elitista onde as verdadeiras intenções estão escondidas atrás das palavras.
Notamos que de Platão ao século XXI houve desvios políticos á saber, o nazismo, o fascismo, a ditadura, totalitarismo e corrupções entre outros sistemas de governo gerados pelo engano. A fala foi usada para enganar, e o homem se deixou levar pela mentira liquidando assim com a ética que existia nos primórdios da política. Falar é expressar o pensamento, como podemos entender então o que é a mentira? Mentir é falar o que não se pensa? Sócrates, mestre de Platão queria que os jovens pensassem com senso crítico sobre essas questões onde a liguagem deveria ser uma maneira de compreender e participar como cidadão dos problemas do Estado. Platão pensava que os conceitos filosóficos, bem como a virtude vem de berço, procedem da educação que é recebida desde a mais tenra idade. Felicidade, virtude e verdade tem que estar dentro do coração daquele possuidor da vocação política. Um político sem virtude é um mau político.
Somente a educação daquele que é vocacionado à política pode formar cidadãos participantes de estruturas sólidas para a sociedade sem corrupção. A educação legitima o poder quando promove o bem estar social e zela pelo povo de uma maneira geral. Platão considera difícil educar crianças sem tira-las da sociedade onde já os homens tem vícios e preconceitos e isto é válido para nossos dias também.
Regimes políticos perpetuam-se, relativizam-se fundamentados em decisões políticas persuasivas, lembrando-nos constantemente que a democracia ainda é a melhor forma de governo. A corrupção no governo grego deixou duas consequencias : o desejo do poder como bem pessoal e a desconfiança e o descredito em que caíram os governantes.
Conduzir o povo a descrença é conveniente aos que não querem mudanças, pois desmotivado o povo não exerce o seu direito de escolha, gerando uma disputa acirrada e perversa por cargos políticos, formando assim os políticos , o seu eleitorado manipulados por máquinas formadoras de opinião.
Platão considerava que o único caminho de volta para a ética política é a educação da população, porque na verdade o próprio cidadão é responsável pela desigualdade social. Platão diz que é possivel introduzir a ética na política, desde que haja interesse . O modelo platônico se refere a política como educação, mas espera-se que cada um busque o seu caminho pelo conhecimento.A prioridade da política deve ser o homem e não o esquema de produção e consumo existente hoje. O voto é a única arma do cidadão e por vezes parece desobrigar o eleitor da participação, e sem a participação o politico não é cobrado de seus compromissos.
Platão era um homem de idéias e não de realizações e deixou sua obra para ser seguida por seu discípulo Aristóteles dando assim continuídade aos pensamentos socrásticos onde a ciência(biologia), a filosofia(ética) e o direito são os três pilares da sociedade se exercídos por homens justos e sábios que não cedam aos vícios recuperem a virtude do cidadão e do governante.Como vemos o mundo contemporâneo encontra-se na mesma situação de V a.C na pólis ateniense e só a educação pode fazer a diferença.



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